03
Out07
Uma vez tu
Carolina
Eras uma vez tu, vestias medo num dia qualquer, sorrias por hora, como quem chora à janela e rejubila de sol no dia que sopra para finalmente respirar de alivio sabendo sorrir chorando e vice-versa.
Eras uma vez tu, o salgado do ar ao encontro duma fogueira apimentada de terra, estavas ali, deixando alguém tirar-te uma a uma as peças da tua roupa, suga-te a energia, recebe o teu calor, aquecendo-te mais, eras tu com alguém...
Eras uma vez tu, rebolando nos sonhos, deslizando naqueles dedos que num só toque exalavam a história tamanha de um momneto fumado, esbatido e longo...
Eras uma vez tu, a olhar, cerrados olhos comiam cada pedaço de corpo que encontravam na frente da retina...comias como que dilacerando todo o mais pequeno pedaço, atribuindo-lhe a importâncai maior. Eras uma vez tu, tremendo, sorvendo, pegando nas mãos, percorrendo traços do corpo, queimando e gemendo, ao encontro do auge.
E tu assim agridoce em mais uma marca, em mais um atatuagem de sangue, marcando passo a passo, num louco, delirante e intensamente molhado, passa por lá.
Eras uma vez tu, o salgado do ar ao encontro duma fogueira apimentada de terra, estavas ali, deixando alguém tirar-te uma a uma as peças da tua roupa, suga-te a energia, recebe o teu calor, aquecendo-te mais, eras tu com alguém...
Eras uma vez tu, rebolando nos sonhos, deslizando naqueles dedos que num só toque exalavam a história tamanha de um momneto fumado, esbatido e longo...
Eras uma vez tu, a olhar, cerrados olhos comiam cada pedaço de corpo que encontravam na frente da retina...comias como que dilacerando todo o mais pequeno pedaço, atribuindo-lhe a importâncai maior. Eras uma vez tu, tremendo, sorvendo, pegando nas mãos, percorrendo traços do corpo, queimando e gemendo, ao encontro do auge.
E tu assim agridoce em mais uma marca, em mais um atatuagem de sangue, marcando passo a passo, num louco, delirante e intensamente molhado, passa por lá.