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Passa Por Lá

Passa Por Lá

02
Jan15

2014...à volta do mundo, 2015 mundo a fora!

Carolina
não é novidade para quem me conhece que carrego uma ganancia gigantesca de passar por todos os cantos do mundo...esta vontade desmedida, consegue muitas vezes fazer-me ultrapassar medos enormes, como o de andar de avião, andar por lugares remotos, sem contacto com um mundo que considero habitual...
2014, foi o ano dos trinta, e foi ano de percorrer caminhos,mais ou menos belos, mais ou menos penosos, foi um ano a  passar por lugares, e a passar como nunca e ousadamente por mim!
foi um 2014 há volta do mundo, e do meu mundo, que me deixou mais serena para uma viagem maior em 2015...

uma das maiores, mais desafiantes viagens que fiz em 2014, foi comigo, só, por caminhos onde só eu vou, por dentro do que era, do que sempre fui, e do que poderia mudar, foi o  descobrir do que há dentro de mim, da possibilidade de amor de mim para mim,  dum  espaço para errar, voltar a tentar, começar todas as vezes que quiser, com uma força que depende só da minha energia, descobri a tolerância, palavra da qual não gostava, mas que soube trazer para um lugar que ela pode ocupar.

descobri que a perfeição é um caminho cheio de atalhos imperfeitos e isso não é mau. descobri o meu eu, um que pode estar a aprender até que o sempre acabe!
eu andei comigo por dentro de mim, e fui ficando melhor.
viajei depois com o meu corpo, muito kms de corrida, solitária e contemplativa, e de esforço no ginásio. aprendi que o meu corpo precisa de exercício para eu  ser melhor, e mais forte e mais capaz, libertei uns kgs que teimosamente estava a reter e não eram meus, não todos os que queria, mas alguns... estou pronta para me libertar dos restantes, com uma força ainda maior!

o meu eu em viagem por mim, teve em 2014 um ano de encontros, de libertar angustias, sofrimentos, e embates... terminou num eu pronto para mais viagens em 2015.

no 2014 à volta do mundo, agradeço tanto, agradeço todos os kms que percorri, todas as imagens que retive, as experiências que passei, que encerradas em mim, serão minhas até ao fim do meu tempo, e me fazem sonhar com tanto onde ainda quero ir,  de em Miami com amigos, preparei-me para Laos e Vietnam durante meses, foram 17 dias fantásticos, voltei ao Rio de Janeiro, onde sou de forma exacerbada continuamente feliz, matei por lá saudades da família, voltei a Barcelona, 6 anos depois, para me enamorar pela cidade para sempre... viajei no sofá da nossa casa vezes sem conta, mergulhada nas palavras dos outros, nas linhas que escrevi, nos meus sonhos e nos nossos! e todas estas viagens contigo! e por todas elas dou infinitamente graças...e aqui estou com mais de muito mundo a aguardar que por ele passe, aqui estou à espera de passar por ele contigo! 

voltas dadas, passagens feitas, o tempo não pára... obrigada pelo melhor, pelo menos bom, cheia de gratidão, dou conta do tempo que chega continuamente, quero aproveita-lo todo, com muitas ganas e ganância de passar onde ainda não fui, ou voltar onde já fui feliz!
Mekong, Vietname, uma vida para lá do que somos!
Barcelona, para sempre nossa!

que 2015 seja mundo a fora... como gostamos tanto!


Miami,amigos e ano novo!


Laos, remoto e mágico!

Rio, onde sou mais feliz, e o pôr do sol é único!

24
Set14

fazer

Carolina
não importa quem, não importa como o faz, importa o verbo... fazer... 
umas vezes com os pés, outras com as mãos; umas vezes rio acima, outras rio abaixo, tantas vezes o mesmo percurso, tantas vezes singulares viagens nas suas repetições... 
às vezes faz calor, calor demais, às vezes não se sabe bem o tempo que faz, fica um emaranhado entre a humidade e a brisa, e o abrasador do sol... rio acima, rio abaixo, esqueço o tempo que faz, esqueço o tempo que passa.... 

passo por lá, multidões passaram e passarão, aos bocadinhos de cada vez... 
certezas poucas há, talvez a paisagem mude em tudo mais devagar... 
no mais particular do geral... se há quem faça travessias umas vezes com as mãos, outras com os pés... não importa quem, não importa quando, não importa como... importa o verbo fazer... se há quem faça se quiser conseguirei tentar fazer... e serei feliz ao tentar fazer o que escolhi....

Tam Coc , Vietnam 2014 Photo@CA

20
Ago14

Hoi An - quase perfeita!

Carolina

Chegámos a Hoi An!
Uma cidade pitoresca, colorida de verdade. Cheia de tons  quentes que nos parecem ver as ruelas de Barcelona, uma ponte chinesa que nos lembra Florença... Pontes e barcos que nos lembram Aveiro... E muitas tantas outras coisas que nos lembram que podíamos estar na Europa mas que afinal estamos no Vietname!!
A calma subtil da manha que presenciámos, eclipsou-se no ar húmido que respiramos e deu lugar a uma confusão de locais a vender tudo...a tocar-te a chamar por ti... a procurar um dólar, uma moeda, ouvimos gritos de uma língua que parece cantada ou constantemente ralhada entre as lâmpadas que se acendem e as lanternas alinhadas em cor e beleza, presenciamos um negócio comum a tantos outros espalhado pelo mundo... as velas que colocas no rio a troco de pedires um desejo... Mil mulheres e crianças ali ficam desde as seis às dez da noite tentando as sortes dos outros por um dólar! Parece-me bonito as velas a entrar no rio, há flashs sem fim a disparar, esperando a melhor luz, o melhor ângulo para as ver entrar na água, em barquinhos redondos e coloridos.
 menos belo o lixo fica depois, como se o desejo já não fizesse sentido, como se a vela perdesse a chama, mesmo que continue a arder, como se depois da foto, se fosse o encanto, o sentido, a sorte. 

estas velas são vendidas por mulheres de todas as idades que se deslocam entre muitos turistas, entre uma e outra margem do pitoresco lugar que está na lista dos mais fotografas do mundo, mas o que em toda a actividade me faz-me ainda alguma confusão, e pensa que podem as mães, a fome, a necessidade, o algum sentido que não entendo, obrigar as crianças a estar na estrada dizendo e cantando coisas em coro, sorrindo e acenando,  para captarem as atenções dos turistas e  poderem vender as velhinhas com os desejos dos outros... estou Quase certa, que em momento algum,  alguém lhes perguntou os seus!
photo CA@Hoi An 
20
Ago14

Encontro com o Vietname!

Carolina

De norte a Sul um país de contrastes. 

Um norte mais caótico, um Sul mas ocidentalizado. 
Não se conhece um povo em dez dias ou se interioriza toda a sua essência, no entanto sinto-me capaz de falar sobre o que sinto na Ásia, neste caso no Vietname.
A barreira linguística não ajuda. É como se dissessem sempre que sim a tudo...e num mau inglês, ou melhor, numa estranha forma de usar o inglês. Alguns sorriem e acenam, alguns que não são do norte,mas sim do Sul... Photos com eles sim a troco de dinheiro.... Esquemas e mais esquemas, com passaportes, com tais, com bicicletas, com comida, com cabines de comboio... Mas não são o mais importante! A comida é boa, muito boa, barata, bem temperada,sal, pimenta, agridoce, lima, coentros (demasiados coentros), há cultura, energia citadina, calma interior, rostos e corpos tapados com panos as flores ou bonecos que mostram como não gostam do sol, olhares estranhos para os nossos cabelos, para os nossos pés... Hospitalidade e simpatia de quem quer levar o país para a frente, os jovens, que te pedem para falares inglês com eles em meio de parques, na passadeira (que não serve para nada)... Há o mar... A história, a guerra, poucos com Idade para falar dela... idosos só vimos em Hoi An, dali para o resto do país, meninos, jovens, meia idade... A terra dos leds, das luzes a piscar, da publicidade por tudo e por nada, do culto ao Buda e a Cristo, dos que falam como se tivessem de mal com a vida, cantam e resmungam de sotaque; um país onde dar tiros pode relaxar, e onde negociar umas coisinhas de recordação é mais difícil que sei lá. Há um país a renascer para os mochileiros, os filhos de quem cá esteve na guerra, os com a idade dos meus país, os que sabem que o sudoeste asiático é uma pérola , já não imaculada e completamente deslumbrante de visitar, mas uma zona do globo com surpresas e encontros como o fantástico que tivemos com o Vietname!
Photos CA@Vietname
26
Jan14

Domingos! Quando passamos a gostar deles!

Carolina
domingos são aqueles dias da semana que causam reacções antagónicas nas pessoas. parece-me que com o passar da vida vão tendo significados diferentes. arrisco-me a dizer que vivem por aí muitos para quem  domingo é ressaca, para quem é preguiça, ócio, lassidão e coisas sem fim. um cruzar de sentidos que dão ao domingo idade, muitas vezes a nossa... 
passo pelos domingos mais ou menos numa espécie de rotina que não sendo igual, sem que eu percebesse se transformou em algo bom! algures no tempo passei a gostar dos domingos outra hora muito secantes, deprimentes ou pouco produtivos... 
domingo é cafuné no sofá, é filmes, pipocas do pingo-doce, é dormir a cesta quando se detesta, é não tirar o pijama, é só tonar duche antes de dormir, é inventar na bimby, é usar o bi-horário e ter a maquina de lavar  a trabalhar sem parar,
é fazer bolos sem farinha e pouco açúcar, é pão quente, é orgulhosamente ver-te cozinhar, fazer aparecer coisas fantásticas, é manta enrolada, chá muito chá .. domingo passou a ser a nossa casa, eu e tu passando por ela, deambulando entre as coisas, sem ter horas de almoço ou jantar, sem saber o que se passa lá fora, sem pressa de sair, de fazer se como se domingo fosse o dia em que o relógio do mundo para, para que os domingos de todos ver a passar! 
24
Jan14

engano

Carolina


se te enganares na estação, não entres em pânico, não grites, não olhes para o mundo como se ele conspirasse contra ti... 

bebe uma coca-cola e apanha outro comboio!

quando o objectivo é chegar nem sempre importa como ou quando chegamos, onde passamos até ao destino, importa sim chegarmos.

vezes há que não importa chegar mas a coca cola que bebemos até lá :) 

diz que é assim aliás digo eu, porque se as estações fossem todas iguais e o comboio sempre o mesmo, não havia caminho que nos despertasse! 
07
Out13

camomila, confissões de um anciosa

Carolina
nem sempre somos como somos, mas raramente deixamos de ser. não perpetuamos existências teimosas dos comportamentos que não são nossa característica, porque como os ditados dizem, mais cedo ou mais tarde, a verdade sobe à toma, neste caso à nossa, e sobe para afinal podermos ser o que formos sempre. seria impossível por esta e outra razoes ser perfeita e por outras tantas pachorrenta  mesmo quando desejo muito sê-lo (:)).. só porque não sou mesmo assim e só por isso!
todos os dias mais ou menos por esta hora, forço o meu corpo a uma contrariedade, forço-o a acalmar-se, para que me diga que na verdade seguirei o resto das horas do dia, num modo mais fácil de tolerar. Dizem que o meu metabolismo é lento, e que o meu corpo devia expressar essa característica  de facto expressa em dimensão, nomeadamente pela largura, porque a energia que me move, e me faz passar do cérebro mediante determinadas situações, ou meter a sexta velocidade para fechar pendentes, os pulmões que me permitem, berrar ou rir com a mesma força e vontade, as pernas que sobem e descem as escadas vezes sem conta e as mãos que teclam sem parar, parecem tremer na hora de não me mostrar a calma...quase todos os dias o meu coração dispara mais que um vez saindo da velocidade que considero normal, quase todos os dias me engasgo com a saliva, e a minha respiração diminui de intervalos;  todos os dia só meu corpo sente formigueiros, todos os dias respiro fundo, exercitando a minha capacidade de baixar a um ritmo que não é meu, todos os dias me questiono se um dia não caio mesmo para o lado... hora de ouvir musica de relaxamento, de por os phones, baixar o ritmo e preguiçar... preguiçar eu gosto, pisar o risco da aceleração sem saber como voltar à calma não. 
sou ansiosa e essa ansiedade é maior quando se tratar de dar o meu melhor, todos os dias ela passa, todos os dias a uso e controlo para ser sempre melhor, quase sempre consigo, e quando vejo que não sou capaz, encontro nela a resistência de ser capaz depois... e por agora somos as duas capazes de viver comigo no meu corpo e superar cada dia numa felicidade que nos contagia e mostra o melhor de mim.
os entendidos dizem que todos os dias, ou pelo menos a maior parte deles, em o meu corpo somaticamente me chama atenção para o ritmo que não está bem, que nada mais tenho em mim que stress, muito, ansiedade também. dizem que é do trabalho, do compromisso que tenho, do envolvimento em demasia, de todas as coisas de que responsabilizo, que raio de doença é esta que aparece por sermos bons profissionais?? boas pessoas? pessoas rápidas? pessoas responsáveis? pessoas com muita coisa para viver....
todos os dias trabalho emocionalmente para ser mais inteligente que estes tufões de stress que hoje invadem
as vidas de tantas pessoas como eu, que só querem sair do trabalho e viver intensamente com a tranquilidade de terem dado o melhor, todas as horas que passam fora dele. chamo-lhe resistência, logo faz parte de um bom treino e de um grande plano de vida.
 sei que posso acalmar-me facilmente desde que tome umas coisas fantásticas, quase sempre esgotadas mesmo que à venda nas farmácias, que me podiam, faziam dormir, mas dado o meu ritmo só me atordoam um pouco... ou posso lutar todos os dias com a mesma energia, para não sentir nenhuma destas coisas, superar-me estoicamente e tratar por tu todos os sintomas, desta vida semanal stressante em que me coloco... posso ousar mudar de vida e um dia conseguir dar essa volta, posso contar com alguns...e posso a qualquer momento passar por onde quiser em pensamentos e desligar-me desta corrente. desafiante como tudo o resto que tenho por perto.
de forma simples e num pequeno copo, todos os dias assim, tenho comigo a camomila, cruzamos as fronteiras dos limites e desfrutamos uma da outra como se um dependência se tratasse... um copo, dois copos, três copos, um saquinho, dois saquinhos, muitos saquinhos, embriagada no seu aroma, envolta no seu cheiro, ouso beber a fórmula que sem me desligar da máquina me traz, associada aquele momento, a lucidez de perceber pelo menos da calma que preciso, para mais um dia, para mais um semana... 
passo agora com o meu saquinho de camomila pela hora do chá... boa tarde para quem passa algures por aí!

09
Jul13

chocámos

Carolina
o bem existe fruto de uma comunhão construtiva entre duas ou mais existências.
quero dizer que sem duas ou mais alminhas a pensar, dificilmente o bom, o mau, o perfeito, o tu, o eu, o sentir,a ilusão e outras coisas que tal fazem sentido, ou ousariam sequer existir....
feliz que sou, porque em tantas passagens que faço, que vejo, que desejo, estão os outros, respirando lado a lado comigo, deslizando nas imagens que consigo descrever, e nos choques que vou tento com a sua forma de ser... 
sou fruto do conjunto, primeiro do choque dos meus pais, depois do choque dos meus pulmões como o mundo, de mim com os que escolhi, os que não vi e chegaram e todos os outros que não conheço e de forma mais ou menos deliberada ditam as regras de um mundo onde o Eu é algo que serve para dar ênfase à  existência dos outros..
passar por ali e por aqui é muito mais intenso quando inesperadamente e de forma incontornável temos a sorte boa entre as sortes de chocar com eus que se dão com o nosso.... como tu e eu, que chocámos  neste passa por lá que continua....continua....


28
Abr12

porque perder não pode ser sempre não ganhar...

Carolina
"..poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, (talvez com uma dor imensa e profana demais, talvez enorme e sufocante) mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre" 
Vinicius de Moraes

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