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Passa Por Lá

Passa Por Lá

24
Mar18

Dar de comer a um bebé (os outros sabem tudo)!

Carolina

A aventura pelas papas e sopas cá em casa começou depois dos 6 meses. 

Depois uma semana atribulada normalizou. 

O Xavier come bem à colher, mas também come bem com a sua mão. 

Agora com 9 meses exagera na dose de conhecimento que precisa de ter do que lhe colocamos na boca, há dias que dar-lhe de comer é uma aventura de salpicos. 

Mas também quem é que gosta de comer sem saber o que vai comer? Ninguém certo? Não sei, porque nós adultos esperamos isso de um bebé. 

Com um pediatra que acabou por tratar o tema de forma muito natural, até ligeira o que no ínico me deixou nervosa mas que depois me esclareceu as dúvidas, lá fomos nós nesta aventura de escolher e fazer a comida do miúdo. Mais uma vez, como até aqui tenho seguido o meu instinto. 

Quando lhe pusemos a banana, a maça ou a cenoura na mão, foi um ai Jesus. Vai engasgar-se, é pequeno, ainda te vais arrepender. Sorrimos e acenamos, que no final das contas quem o alimenta sou eu ou o pai,  por isso eu é que sei, vá e ele também!

Começamos com sopas básicas. 3 semanas depois a juntar e misturar mais que 4 legumes que ninguém merece comida sem sabor. As frutas igual, no final de 3 semanas já comia manga, papaia e abacate. 

Quando começamos com as papinhas, fiz umas caseiras com flocos de aveia e arroz demolhados, mas confesso que achei melhor escolher alguma papa de pacote biológica e sem açucares e conservantes para agilizar saídas de casa e dias mais difíceis. O miúdo não reclama e come tudo. Acho que gosta da textura e do sabor dos cereias.

Muitas vezes faço as minhas papas com fruta e batata doce, farinha de coco ou de arroz e aveia e se tiver completo com o meu leite. Uma vez ou outra fiz umas panquecas que ele gosta muito. 

Assim vou alterando e dando várias opções de sabores e nutricionais ao mais pequeno.  

Não come bolachas Maria, a minha mãe sofre muito com este tema, acha que ele é um coitadinho que come umas bolachas de aveia orgânicas sem sabor ou umas tostinhas de bebé que adora. Mas como são duras há  semprequem ache que se vai aleijar com elas. E como não são doces há quem ache que ele é um coitadinho e fica triste. 

Pessoas fofinhas os bebés são espertos e desenrascam-se muito bem a comer. Devemos vigiar e estar atentos mas deixar que experimentem, claro, alimentos que se ajustem à sua faixa etária. Acho que temos de nos deixar de medos e fundamentalismos para uma coisas e ao mesmo tempo evitar outras, como  dar aos miúdos açucares numa fase, em que estes não o pedem. 

Ainda não ouvi o Xavier a dizer-me eu queria mesmo era uma bolacha Maria mãe...

Na alimentação, como no banho, como no sono, há sempre alguém que sabe tudo e diz que é melhor assim. Há sempre um bebé perfeito que come, não suja, quer mais e não rabuja. Há sempre um no meu tempo e com os meus filhos... Há sempre um não  mistures isto com aquilo, primeiro a pesacada depois o carapau. Aquilo faz cólicas, os iogurtes têm de ser de bebé... (so long, so long).

Eu continuo na minha, há sempre o meu filho, a nossa casa, os nossos dias. Ele é diferente de todos, nós também. Assim seguimos um caminho da alimentação que melhor se ajusta a ele que come e a nós que o alimentamos. 

O Xavier não é um bebé gordo (graças a Deus não herdou isso da mãe), também não é muito alto, como diz o pediatra está a crescer na proporção certa e bem, não se ponha a compara-lo com outros! 

O Xavier é um bebé feliz, gosta de comer, umas coisas mais que outras como qualquer pessoa. 

Gosta de sopa com couve flor, adora manga e papaia, não é fã de iogurte (dou os bio naturais do Lidle). Come tudo umas vezes melhor que outras. Há dias que se pudesse só queria maminha, principalmente se está doentinho, mas a mamã insiste e ele come um bocadinho. 

Por agora seguimos num caminho sem açucares adicionados, com legumes e frutas biológicas quase sempre, com carne e peixe que achamos serem de qualidade. Seguimos sem fundamentalismos e  somos flexíveis. 

Já me esquecia, muitas vezes quando saímos mais que um dia, come potinhos de comida, e gosta, tentamos escolher os biológicos e com menos conservantes, sabemos que não há nada que chegue a comida caseira, (sabemos que estamos na lista dos piores pais por isto) mas às vezes também nós vamos a uma cadeia de comida rápida e o que é que nos acontesse para lá de termos de correr mais na passadeira do ginásio? -Nada... Diz que a vida é mesmo assim. 

 

As mães agradecem a quem sabe sempre tudo sobre ser mãe e sobre ter filhos em especial sobre os filhos dos outros. Muitas vezes é mesmo isso agradecer e depois não ouvir, nem reter e seguir por diante. 

Haverá sempre quem saiba tudo. Haverá sempre temas difíceis, a alimentação é só um entre muitos, haverá sempre quem critica e diga que está certo ou errado o que tu estás a dar de comer ao teu filho. Porque melhor é dar muitas bolachas, papinhas de sabores e daqui a nada um suminho de pacote no biberon porque é doce e ele bebe melhor que água... para não ser como quem sabe tudo, resta-me dizer: cada um é que sabe dos seus bebés! 

Em suma dar de comer a um bebé pode ser um grande aventura!

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13
Mar18

8

Carolina

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8 meses, mais de kgs nele e em mim e temos um miúdo que já sabe o quer e o que faz.

8 meses já diz mamã, papá, olá e uma serie de outros sons juntos em quase palavras. 

8 meses de maminha para os 2, uma vitória ter chegado até aqui e termos passado esta barreira (tendo em conta que jogamos às escondidas com o suplemente e as enfermeiras na maternidade).

Rebola, gatinha para trás e manda -se em voo para a frente. Este é o Xavier a creser.

Chora com um não é um olhar sério. Tenta rir quando faz asneiras para ver se passa sem ralhete. Encosta a cabeça para receber mimos, adora estar de pé! Adora brincar com o pai. 

Sabe quando vou sair de casa, fica mais ancioso quando regresso e procura-me mais. 

O meu passarinho ainda há um ano passeava na minha barriga em Nova York, já se passeia no chão da sala. 

Tem a melhor gargalhada do mundo, é de sorriso fácil, olhar meloso , é simpático. 

8 meses e não vou falar que ficou doente pela primeira vez, que me dá as piores noites da sua historia (e da minha também). Não vou falar das costas de idosa com que me pôs, do cabelo que continua a cair, da fixação que tem cima minha pele.

8 meses a vê-lo ser fora do forno que o cozinhou com tanto amor. 8 meses a dar-lhe a segurança que precisa para voar mais alto.8 meses de uma mãe que aprendeu há tão pouco tempo a voar.

 

05
Fev18

Mãe há 7 meses!

Carolina

Já disse mil meses, que tem sido tudo a correr. 

A correr chegámos aos 7 meses. 

O Xavier cresce sem parar. 

7 meses depois, vejo-o sentado sozinho a brincar, palrando com os brinquedos como se fossem seus amigos. Ri, estendo os braços para chegar mais rápido ao nosso colo. 

7 meses e adora estar de pé, pular nas nossas pernas. Odeia ficar de barriga para baixo, chora se nos afastamos e nos quer ali bem por perto. 

7 meses e adora comer, defenitivamente sai aos seus. Depois de uma iniciação de 2 dias perfeitos com a sopa e alguns legumes na mão, seguiu-se uma semana péssima, em que pensei que ele nunca ia gostar de comer. Tormenta passada, dá gosto, vê-lo comer a fruta com a sua própria mão, ou as papinhas à colher. Adora bananas e papaia. Adora água de coco e gosta das sopas da mãe.  

7 meses e seguimos a introduzir coisas novas e a acompanhar-nos à mesa com um colher na mão. Podemos dizer que ao contrário das noites que ainda não são fáceis, comer foi um desafio fácil de ultrapassar. 

7 meses e já levámos o piolho de férias, de avião e para o calor. 

Gostou mais do calor do que subir à Serra para ver neve num destes fins-de-semana. 

Adora andar sem roupa. Gostou da praia, estranhou o mar. 

Viajámos de avião de forma tranquila, não dormiu muito numa das viagens mas foi bem disposto, não doí desta que fomos os pais de uma criança que não deixa dormir ninguém à sua volta. 

7 meses já chamou Mamã, para me chamar para mais perto dele. A emoção do meu coração cada vez mais lamechas, não teve medida, corri para o abraçar certa que há poucas coisas assim. Já diz Papa quando olha para muitas coisas. 

Conhece bem a casa, adora brincar com o pai, dá gosto vê-lo fugir para os braços dele quando quer brincadeira e sabe que comigo fica tudo mais serio. 

Foram 7 meses muito intensos, muitas vezes difíceis, muito felizes também. 7 meses onde o nosso medo se entrega a um medo que ali estará para o resto da vida e existe porque um filho existe para uma mãe. 

 

7 meses em que retomo atividades profissionais e me vejo um pouco enferrujada. A minha cabeça está mais lenta. Talvez seja do sono, da falta de rotina, da epidural, do foco emocional dos últimos meses.

Chego aos 7 meses como mãe, cansada, com muita vontade de dormir uma noite seguida. Sinto-me um pote de sono ambulante. Tenho areias nos olhos a maior parte dos dias, sou capaz de dormir numa viagem de carro de 5 minutos. Muitas vezes acho que não me vou aguentar em mais uma noite entre amamentar ou afagar-lhe alguma dor (porque os dentes são terríveis, as dores de barriga de quem começa agora com os sólidos também e as outras coisas que não sei porque ele não se queixa também devem ser) . Mas consigo sempre, os braços têm sempre força, as minhas pernas percorrem o quarto e a minha voz consegue sempre cantar, o meu peito está sempre pronto para lhe dar colo, consigo ficar desperta e acordada sempre mais umas horas, mesmo que pela manhã seja o pior dos bichos no que respeita a humor e feitio. 

Chego aos 7 meses como mãe, de coração cheio e grata. Entre tantas coisas que não faço, os tantos lugares onde não consigo ir, tantas pessoas que não vejo,tantas escolhas, tantas mudanças, chego aqui e estou feliz. 

Tenho em mim a felicidade que sempre aumenta, quando sinto e sei que entre tantas falhas, tentativas e outras coisas que ainda irei descobrir, que tenho um filho feliz. 

O Xavier ri com os olhos... dá gargalhadas quando brinca com o pai, sorri quando se encosta no meu peito e me mostra que ali é a sua casa.  A casa onde aprende a ser feliz!

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29
Dez17

O meu querido Dezembro e os 6 meses do Xavier!

Carolina

34 anos, 6 meses de Xavier, o nosso primeiro Natal, um ano que acaba, tudo no meu querido mês de Dezembro.

Mais velha, em busca de determinação e energia para uma serie de planos, chego a Dezembro cheia de esperança e muitas vontades.

Chego a Dezembro e vejo o Xavier a crescer muito, a deixar para trás a expressão de bebezinho. Cresce-lhe o cabelo, adora estar sentado, só quer estar de pé e teve como prenda de seis meses um dentinho a romper, uma mar de baba e tudo o que se pode imaginar na boca.

Chegamos juntos aos seis meses, juntos estamos de parabéns, ele pelo mundo que descobre e todos os seus progressos, eu pelo mundo que só agora vejo e todas as pequenas vitórias do dia-a-dia. 6 meses de alimentação conjunta, muita mama de fora e muitas conversas às quatro da manhã.

6 meses em que muitas vezes pedi ajuda e opiniões e outras tantas ou mais, mesmo sem pedir, fiz de conta que nada estava a ouvir e segui o meu instinto. 6 meses a olhar para um menino que é hoje simpático, curioso, risonho e bem disposto (se não estiver com fome). Adivinha-se falador e irrequieto. Adivinha-se feliz pelo sorrisos que faz quando nos vê. Advinha-se mimado e adora beijos. Eu vou aproveitar porque num abrir e fechar de olhos chegará o tempo em que me vai pedir para o deixar longe da porta da escola se o quiser beijar antes dele sair.

6 meses e o tempo passou a voar. Não sei bem quando deixou ele de ser o pequenino que só comia e dormia para ser o menino que tem um brinquedo favorito, uma música que mais gosta de ouvir, uma posição para dormir. Não sei bem como passaram estes 33 onde nasceu uma mãe que de ser mãe nada sabia.

 

6 meses, olho para ti  recordo como se fosse agora o instante em que os 3 juntos ficámos ali na sala de partos a ver nascer a nossa família. Em que eu e o teu pai sem tirar os olhos de ti, fomos felizes e estremecemos num misto de sentimentos que nos transformariam para sempre. Pudesse o tempo parar e eu diria que naquele istante parou e foi todo nosso.

6 meses em Dezembro, seis meses junto ao Natal, que foi todo dele, que juntou embrulhos sem fim de lembranças e presentes de pessoas que nem conheço bem, amigas dos avós e nossas que quiserem assinalar o Natal do pequeno Xavier. Xavier que como presente favorito elegeu sem margem para dúvidas e a muitos pontos de distância do segundo lugar o papel de embrulho.

Dezembro corre  para a sua contagem final, encerra o ano que me trouxe a perfeição e certeza que nunca mais estarei sozinha. Termina o ano em que estive mais só, que aprendi primeiro a  preencher tanto tempo e depois viver sem  tempo para nada, o ano em que aprendi a respeitar o tempo dos outros, a esquecer-me do tempo muitas vezes. Dezembro que encerra o ano em que tudo mudou, em que a vida entrou por um ciclo onde a importância das coisas deixou de ser o mais importante. 

O ano dos 33, o ano da minha família de 3, o ano do meu menino, o ano da mulher que é agora também mãe. O ano em que dei aos meus pais o presente de serem agora também avós. O ano banho maria para um mar de coisas, o ano via rápida para outras tantas. 

Um ano de amor. Fecha com o meu querido Dezembro, que podia demorar-se mais um bocadinho, fecha com o Xavier a crescer a todo vapor e a caminho de muitos pratos de sopa. 

Meu querido Dezembro que sejas "agoiro" para o Janeiro que já espreita, não me deixes esquecer de ti!

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03
Dez17

5 meses e um bebé...

Carolina

Num abrir e fechar de olhos, chegámos aos 5 meses. 

O tempo não para e faz-se notar. O Xavier cada vez menos bolachudo, está cada vez mais crescido, activo e a tentar descobrir por ele as coisas que o rodeiam. Calhou-me um bebé simpático, adora pessoas e um ou outro brinquedo também. 

Tem cocegas, as suas gargalhadas são gigantes e deliciosas, chora para comer, agarra-me as mãos para que não fuga quando adormece. Sabe bem que o pai é muito mais brincalhão que eu e adora. Come os pés a toda a hora e a Girafa Sofia é uma menina nas suas mãos, eu tenho pena dela, é um rio de baba.

Curioso, não tivesse ele a quem sair, quer estar sempre de pé, olha e mexe em tudo. Como qualquer criança desta idade, mexe com as mãos e com a boca também, como se esta fosse um forma dele conhecer o mundo.

5 meses e tenho um bebé. Parece-me que não tarda vai ter dentes, não tarda tenho de pensar em vê-lo a sair todos os dias para a creche e daqui a um mês a experimentar a sua primeira comida. 

5 meses e muitas roupas novas arrumadas na gaveta, que mostram como cresceu rápido, como o tempo é veloz, como não é preciso muita coisa para que um bebé seja um bebé. 

5 meses do olhar mais doce, do cheiro mais terno e do sorriso mais bonito do mundo. 

Olho para ele com saudades do bebé inchado e pequenino que vi nascer, mas com uma certa perplexidade por ter feito uma criança assim. 5 meses a babar, a suspirar e comtemplar como nunca.

5 meses de mãe, ando ainda a aprender o que é o tempo e o que fazer com ele. A prioridade é o Xavier o que significa muitas vezes aprender a viver sem planos, ou estar prepararda para os mudar mesmo na última da hora. 5 meses em que deixei de fazer coisas simples como ler, ver um bom filme, ir ao cinema ou fazer as unhas com a frequência que queria. 5 meses e começo já a voltar a ter as minhas rotinas. 

Pouco a pouco esta família de 3 arruma-se e ocupa o seu lugar. Família onde pai e mãe não se podem nem devem sentir mal por encontrar espaço para as coisas que gostam, tempo para as suas coisas. Acredito que o tempo vai no ritmo certo, por tudo no lugar, acredito que estamos os dois a fazer a coisa certa. 

5 meses e o Xavier é um bebé com sorte. O pai tem estado por casa, eu também e acabamos por conversar com ele, dar colo, acompanhar, estimular, brincar e dar muito mimo. Nem todos os casais conseguem ter este tempo com os filhos, nem todos os pais e mães conseguem contar com a ajuda dos maridos e mulheres para organizarem o seu tempo e fazerem outras coisas. 

O pai em casa tem sido muito bom para ele, mas muito bom para mim também. 

Os dois, tentamos fazer as nossas coisas com ele. Saímos para almoçar e jantar, passear e tentamos que a nossa vida seja próxima do que era antes dele chegar. Claro que há toda a logística em sair de casa que antes não imaginavamos sequer, mas tentamos descomplicar. Sermos 3 é diferente de sermos 2, já se sabe. A mochila dele está sempre pronta, para que seja só pegar e sair.

5 meses que passaram a correr, entre todas as coisas que um bebé traz mais as coisas que a vida nos vai trazendo, sinto muitas vezes que o tempo está a correr  depressa demais.

De quando em vez aparecem umas horas calmas mas  confesso, acabo no sofá sem fazer nada e a tentar não pensar em muito. 

Estranho se este tempo se alonga e lá vou eu espreitar e ver se o puto está a respirar.

5 meses de um ano em que viajamos uma vez, 5 meses e queríamos sair com ele agora, mas este frio e a tosse dele, podem não ser as condições ideais para o fazer, mas uma pessoa tenta trazer a criança para a nossa rotina, e não desiste da ideia de ir, vamos ver se conseguimos.

5 meses e saímos para jantar os dois, deixámos o rapaz com a avó e não correu nada mal. 

5 meses e entrámos no modo festa. O Xavier ri, abana os braços quando nos vê, da gritinhos, quer conversa e interage com outros meninos, com a sua imagem no espelho e adora os banhos. Fala pelos cotovelos. Começam a sair as consoantes cantadas e ás vezes juro que quase me parecem pequenas palavras os sons que ele faz nas nossas longas conversas. Adora música, dançar ao meu colo pela casa, adora beijos e ter as minhas mãos na sua cara, é um mimado que adora sentir-nos por perto.

As noites acalmaram e eu agradeço, porque o cansaço já se estava a instalar. Volta na volta, sempre depois de dizer, que há duas noites que corre tudo tão bem, ele faz o favor de me lembrar que não é bem assim, mas está mais fácil ficar em pé durante o dia. 5 meses e tem o acordar do pai, vagaroso e rosnador. Uma pessoa carrega-os 9 meses e depois são iguais aos pais. O que fazer?!

Tenho uma família de 3 e ás vezes parece que nem dei conta que chegámos aqui. 

Há um ano estava em casa de repouso a começar novembro sem saber bem o que ia acontecer ao ser pequenino que tinha na minha barriga, agora está cá fora e penso tantas vezes nas coisas todos que o mundo lhe vão fazer acontecer. 

5 meses dele, de nós e de muitas coisas que estão por vir. 

uma aventura de cada vez, passo a passo, mês a mês, com ele no colo e com o coração cheio de amor. 

 

 

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02
Nov17

4 meses e ainda o medo de não estar tudo bem!

Carolina

O tempo com o Xavier vooa, em todos os sentidos. 

Voa o tempo que o faz crescer e voa o tempo em que sinto muitas vezes que não tenho tempo para nada. 

Coisas que nos acontecem quando somos mães, algures no caminho nem sempre é fácil parar e ter tempo só para nós.

Quatro meses e é uma delícia vê-lo palrar, dar gritinhos, abanar as pernas e os braços quando nos vê. Olhar para tudo, preferir um boneco, saber que com o pai há mais palhaçada e que o meu colo é o melhor lugar do mundo para se dormir.

Ficamos, tito tótós, muitas vezes a ver como é giro um puto comer a água do banho e como descobre todo um mundo novo com a sua boca. 

A força com que quer que o deixemos sentar, ou ficar direito como se quisesses estar sempre de pé e o seu sorriso, levam-nos a pensar que bom que é tê-lo, que perfeito que é. O pai diz muitas vezes que ele devia ter vindo mais cedo, eu não vou tão longe, mas sei reconhecer que a vida é toda outra depois de termos o Xavier por perto e é bom ter quem nos prefira sempre, mesmo descabeladas, sem banho tomado, com uma roupa a cheirar a iogurte fora de validade há 3 meses e umas olheiras de metro e meio em profundidade. 

Quatro meses de coisas felizes e pequenas conquistas que o vemos fazer, ele cresce, e nos vamos fazendo upload neste trajeto nem sempre fácil de pais. 

Quatro meses e desde que o tive nos meus braços que muitas vezes tenho medos. Medos por ele. Medos que não esteja bem. Medo que algo lhe aconteça, medo de não saber ser ou fazer o melhor. 

Muitas vezes acordo com as incertezas todas nas costas e no peito. Já o achei autista, mesmo sabendo que estava quase a surtar, temia que não visse ou ouvisse, penso que pode ficar triste se o angioma no rosto não desaparecer como dizem e mais uma serie de coisas que por vezes me passam pela cabeça. Quatro meses e ainda cordo muitas vezes e penso: será estará tudo bem.

(desconfio que será uma sensação com lugar permamente cá dentro, vamos ver...)

Depois de todas as incertezase  de temer que possam acontecer, a conclusão é sempre a mesma, seja como for, tenha o que tiver, venha o que vier, tenho todo o amor para lhe dar, para o aconchegar junto a mim e o proteger,  tenho vontade fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que seja sempre mais feliz. 

Quatro meses de Xavier, são quatro meses de uma nova família de 3, são quatro meses de uma pequena mãe em construção. Entre tantos medos, nada me sossega mais, que as suas gargalhadas, o seu olhar tranquilo e o meu acreditar  que é essa a sua forma de mostrar como é feliz. 

Quatro meses, intensos, estranhos, diferentes, bons, menos bons, em que cada dia os desafios são para ele que cresce e para mim, a mãe, que aprende também a crescer. 

O meu coração transborda, a minha alma sorri e às vezes chora, a emoção ultrapassa o lado duro que já tive, o meu mundo entra em pausa vezes sem conta... e às vezes, tantas vezes tenho medo. Medo de não ser a melhor, não fazer bem, não estar lá, medo de não saber tudo o que vais querer saber, medo de deixar por fazer, de estar cansada, medo de ficar doente... mas o medo maior entre um pedaço dos dias imperfeitos e a perfeição de te ter na minha vida, é o de algum dia te perder...

Se algum dia te perderes meu Xavier, que seja de amores pelo mundo, aquela que agora te mostro da nossa janela.

Tudo o resto, seja o medo do tamanho que for, juntos vamos fazer com que passe, que parta ou que não seja uma eterna barreira no caminho que tens para fazer! 

 

 

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26
Set17

dormir fora, com um bebé!

Carolina

Isto de sermos 3, muda muito a forma de sair de casa para dormir uns dias fora.

A a ventura de ir e logo se vê para onde e vamos vendo como corre, com um bebé tão pequenino tem defircar adiada.

Já tínhamos estado uns dias nos meus pais, mas acho que não contam, no que se refere a sair com um bebé para uma escapadinha e ver como se adapta ele,a dormir fora de casa. 

Escolhemos uns dias de Setembro para sair rumo ao Alentejo, desta vez, não para a costa pelo imprevisível estado do tempo típico desta altura, e lá fomos nós e um carro demasiado cheio para Évora. 

A primeira coisa que aprendi é que um bebé não conta ainda como criança e a reserva continua a ser feita pela dois, com o pedido especial do berço.

Escolhemos contrariamente a outras alturas um lugar com condições para poder levar o Xavier sem problemas, apanharmos sol, mergulharmos na piscina e claro sairmos um pouco da rotina de casa  mais habitual dos ultimos meses. 

O que levei na bagagem para ele? Uma lista sem fim de coisas. 

Um necessarie com frascos de 200ml de gel de duche, creme hidratante e água lavante, tudo mustela. Foi-me oferecido por uma amiga no baby shower e dei um jeitão, vou guardar os frascos e recarregar, têm a medida certa para estas pequenas viagens. Juntámos a tesoura, o bebegel, compressas, pomada para o rabinho, a escova do cabelo do puto, luz de presença com o carregador.

Pensámos duas vezes, mas acabámos por ir com a banheira no carro, dá muito jeito que seja no formato balde, porque ocupa pouco espaço e não fizemos a loucura de entrar no duche com ele, ou usar o lavatório, experiência que vai ficar para outra aventura qualquer. 

Apesar de ser grande e um pouco menos prático que os ninhos que vemos agora nos sites mais na moda, não saímos de casa sem ele. Não cabe na alcofa do Trio da Chico, que também nos emprestara, mas colocado no berço ou até em cima da cama o sono do Xavier é mais tranquilo visto que está habituado a dormir nele. 

Foi-me oferecido por uma amiga também, mas se não fosse, seria um essencial a comprar e a ter em casa. Aliás já pensei várias vezes em comprar outro mais leve para levar comigo para algumas saídas. Ele adora dormir lá, odiava a alcofa até termos o ninho, as dormidas ao colo diminuíram muito. 

Um trólei com roupa só para ele para uma semana, 2 toalhas de banho e algumas fraldas de pano, 2 mantas, um ou outro brinquedo, o pano para o carregar e a brincar a brincar já ocupa quase toda a bagageira, se lhe juntar-mos o carrinho também. Um pacote de 40 fraldas e expectativa para ver se seriam suficientes ou não.

O certo é que para primeira experiência não correu nada mal, conseguimos tomar o pequeno almoço com ele, sempre bem disposto e tranquilo. Ir à piscina, jantar fora, sem stresses com a questão da amamentação em lugares cheios e com muitos turistas... e dormir. Estes dias fora aumentaram-lhe as horas de sono noturnas entre as mamadas, mesmo que o despertar bem disposto da criança fosse madrugador. 

Descansar, descansar é que já foi mais relativo. 

Entre toda a logistica e a atenção que ele quer para ele, valeu muito o relaxar, mudar de ares e a despreocupação com algumas coisas do dia-a-dia.  Parece-me que facilmente conseguimos repetir o programa, mas é melhor não fazer muito alarido não vá correr tudo mal da próxima vez. 

A reter: necessitamos de melhorar a quantidade de coisas que levamos e perceber o que vamos mesmo necessitar, mas se já era difícil fazer isso connosco, parece-me normal que com um bebé, nas primeiras vezes seja ainda mais complicado. 

Vamos torcer para que o verão se mantenha mais uns dias e ver se conseguimos, ainda, fazer uma escapadinha, desta vez com menos coisas e com mais espaço livre no carro, ou pelo menos esperamos.  Tendo em conta as malas destes dias, ir a algum lado no inverno será mesmo uma grande aventura, a ver vamos!

Certo é que nisto de viajar estamos em adaptação, mas a tentar que também ele se adapte à nossa forma de ir!

 



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