31
Jan06
Passa Por Lá #5
Carolina
Aprendi com os dias, que o vento de mudança não se vê, não se sente, porque escolhe simplesmente mostrarse naqueles dias em que não há vento.
Aprendi com os dias, que por vezes mudamos tudo com um gesto, com uma palavra, com uma simples expiração, e que a qualquer instante podemos estar a traçar um caminho, apagando outros, deixando definitivamente muitas outras opções completamente extintas.
Mas os dias e mesmo estes dias, em que os segundos são significativos e contam, em que o tempo mais pequeno é crucial para o grande tempo que se avizinha, acabam por me ir dizendo, devagar, que as coisas são o que fazemos com elas e que os espelhos às vezes dão-nos a imagem que queremos esconder, ou que não queremos ver; respondendo a isso a nossa retina muitas vezes simplesmente rejeita.
Sei que dei um grito hoje. O espelho não me vai mostrar esse grito, não lhe cabe reproduzir sons.
Aprendi com os dias, que por vezes mudamos tudo com um gesto, com uma palavra, com uma simples expiração, e que a qualquer instante podemos estar a traçar um caminho, apagando outros, deixando definitivamente muitas outras opções completamente extintas.
Mas os dias e mesmo estes dias, em que os segundos são significativos e contam, em que o tempo mais pequeno é crucial para o grande tempo que se avizinha, acabam por me ir dizendo, devagar, que as coisas são o que fazemos com elas e que os espelhos às vezes dão-nos a imagem que queremos esconder, ou que não queremos ver; respondendo a isso a nossa retina muitas vezes simplesmente rejeita.
Sei que dei um grito hoje. O espelho não me vai mostrar esse grito, não lhe cabe reproduzir sons.
Foi pequeno mas nele, pode estar ou simplesmente estava escrito muito do que vai ser agora, ou poderá ser.
Se o caminho já estava confuso, obliquo, agora vai ficar mais distante e por ficar assim longe, vou saber sempre menos, talvez ansiar mais, talvez ter ainda mais medo de me fazer à estrada.
O grito, foi meu, foi verdade, mesmo pequeno fez sentido, mostrou que esconder-me nas palavras não me ajuda, apesar de constantemente procurar esconder as palavras em mim.
O grito é como o vento, o vento dos dias, não se escolhe para onde vai, quem o ouve.
O grito, foi meu, foi verdade, mesmo pequeno fez sentido, mostrou que esconder-me nas palavras não me ajuda, apesar de constantemente procurar esconder as palavras em mim.
O grito é como o vento, o vento dos dias, não se escolhe para onde vai, quem o ouve.
Por isso, não sei como foi, onde parou, se volta até cá, se passa por aqui outra vez!
A esperança teimosa que tenho em mim, vai tentar saber a resposta e eu devagar, com subtileza e languidez vou continuar neste caminho, algumas vezes ignorando o grito que dei por ser mais fácil de me manter por ali, outras vezes gritando mais, esperando a coragem para chegar mais além.
A esperança teimosa que tenho em mim, vai tentar saber a resposta e eu devagar, com subtileza e languidez vou continuar neste caminho, algumas vezes ignorando o grito que dei por ser mais fácil de me manter por ali, outras vezes gritando mais, esperando a coragem para chegar mais além.
Maldito feitio que tanto gosto por ser meu, maldita paixão por mim assim, maldito eu que não me deixa chegar ao tu...Maldita história que me encantou...
Bendito caminho que escolhi e que como eu espera a coragem para um mais que o simples repetir, espera os ventos que soprem: vai sem medo, grita e vai... passa por lá!