20
Dez06
Ontem...
Carolina
Ontem era tudo diferente, o tempo passava diferente, meu rosto era diferente, meu caminho também. Ontem estavas lá, vinhas devagar, mas estavas, chegavas, corrias para logo partir, mas entre o cá e lá ias assim, marcando devagar, o que sabiamos que nunca ia ser escrito.
Estranho, diferente, o ontem que eramos, estranho e mesmo assim estava ali de olhos postos para nós, mesmo sabendo que as previsões se mantinham, mesmo a saber , que seria sempre assim e pouco mais.
Não consigo fugir ao ontem porque ele existiu, porque ele existe, porque sem saber se ficaria diferente, quis que ficasse, quis tanto como ainda quero.
Não consigo fugir ao estranho, ao que me parece tão calmo por não ser claro, o que me parece confuso por não encaixar em qualquer tipo de explicação.
Ontem, mesmo lá no ontem, por muito que falasse não me entenderias, tal qual hoje não entendes, por isso, é que te vou pedindo para nem sequer tentares.
Não se perde tempo com o que está condenado a ficar perdido, a ficar assim, diferente e a ficar ali no ontem...estagnado.
Ontem eras tu, e hoje quero o eu de ontem, não aquele que está agora algures aí, onde não vejo, onde não olho, onde não sei, mas onde vives e vais mostrando que é mesmo assim.
Ontem eras tu, e eu vi-te, olhei-te, cravei-te aqui, onde só gravamos o que queremo, onde pomos junto ao que sintimos somente o que nos toca, os que nos move.
Ontem viste-me, talvez como poucos, talvez com outros, não sei, mas senti que me vistes, ontem quiseste ver, ler nas minhas palavras o que já tinhas encontrado nos olhares que imaginavas. Ontem adormeci e sonhei contigo, vi-te como sempre te encontrei entre o espiral do tocar a medo, entre o fugir com a luz, entre o espaço real e a ligação de um cabo...
Ontem, foi mesmo muito bom conhecer-te, foi muito saber assim...que ás vezes não escolhemos a quem abrir a porta...ontem foi bom saber, que mais cedo ou mais tarde, há janelas que se fecham...
Estranho, diferente, o ontem que eramos, estranho e mesmo assim estava ali de olhos postos para nós, mesmo sabendo que as previsões se mantinham, mesmo a saber , que seria sempre assim e pouco mais.
Não consigo fugir ao ontem porque ele existiu, porque ele existe, porque sem saber se ficaria diferente, quis que ficasse, quis tanto como ainda quero.
Não consigo fugir ao estranho, ao que me parece tão calmo por não ser claro, o que me parece confuso por não encaixar em qualquer tipo de explicação.
Ontem, mesmo lá no ontem, por muito que falasse não me entenderias, tal qual hoje não entendes, por isso, é que te vou pedindo para nem sequer tentares.
Não se perde tempo com o que está condenado a ficar perdido, a ficar assim, diferente e a ficar ali no ontem...estagnado.
Ontem eras tu, e hoje quero o eu de ontem, não aquele que está agora algures aí, onde não vejo, onde não olho, onde não sei, mas onde vives e vais mostrando que é mesmo assim.
Ontem eras tu, e eu vi-te, olhei-te, cravei-te aqui, onde só gravamos o que queremo, onde pomos junto ao que sintimos somente o que nos toca, os que nos move.
Ontem viste-me, talvez como poucos, talvez com outros, não sei, mas senti que me vistes, ontem quiseste ver, ler nas minhas palavras o que já tinhas encontrado nos olhares que imaginavas. Ontem adormeci e sonhei contigo, vi-te como sempre te encontrei entre o espiral do tocar a medo, entre o fugir com a luz, entre o espaço real e a ligação de um cabo...
Ontem, foi mesmo muito bom conhecer-te, foi muito saber assim...que ás vezes não escolhemos a quem abrir a porta...ontem foi bom saber, que mais cedo ou mais tarde, há janelas que se fecham...