01
Mai06
Longe
Carolina
Não sei onde é, onde fica, afinal o longe é sempre longe!
Não sei como é o perto, acho que ando por lá algumas vezes...
Como eu própria vejo, nada é como sabemos, o próprio mundo é a mudança em estado bruto, que a bruto se transforma...o segundo seguinte, aumenta a distância ao que passou ao mesmo tempo que diminui a distância do que está para vir, e o mundo é assim...a espera do tempo que passa, a distância do hoje para o amanhã; e depois, ainda todas aquelas coisas que ficam longe...
Tive de sair, sim, libertar-me desse espaço que não me mostra o passado mas também me distancía abrutamente de um futuro, porque ousa negar-lhe a existência...
Mas longe do teu olhar, do conforto do teu colo, da trajectória do ar que se partilha num cubo de betão qualquer, senti o peso de uma distância diferente.
Estava ali, longe, longe do teu cheiro; os meus olhos que subtilmente te escondem o que vejo, o pensam que o fazem, estavam postos num nada qualquer; a minha pessoa estava longe da tua figura e distante do teu percurso, e tudo isto por vontade, opção, necessidade... porque de súbito se alojou em mim um desejo de reflecção, ou quem sabe de paragem...parar para te sentir longe, para que não fossem os centimetros a separar o teu caminho do meu, mas sim uma unidade invisivelmente maior, por não poder ser imaginada sequer...
Foi ali, onde o vento que passa é diferente, onde até o ruido dos dias sabe a pouco, que me apercebi que fui para longe, para te ter cá por dentro, só e simplesmente mais perto do que nunca... e depois, depois voltar...
Não sei como é o perto, acho que ando por lá algumas vezes...
Como eu própria vejo, nada é como sabemos, o próprio mundo é a mudança em estado bruto, que a bruto se transforma...o segundo seguinte, aumenta a distância ao que passou ao mesmo tempo que diminui a distância do que está para vir, e o mundo é assim...a espera do tempo que passa, a distância do hoje para o amanhã; e depois, ainda todas aquelas coisas que ficam longe...
Tive de sair, sim, libertar-me desse espaço que não me mostra o passado mas também me distancía abrutamente de um futuro, porque ousa negar-lhe a existência...
Mas longe do teu olhar, do conforto do teu colo, da trajectória do ar que se partilha num cubo de betão qualquer, senti o peso de uma distância diferente.
Estava ali, longe, longe do teu cheiro; os meus olhos que subtilmente te escondem o que vejo, o pensam que o fazem, estavam postos num nada qualquer; a minha pessoa estava longe da tua figura e distante do teu percurso, e tudo isto por vontade, opção, necessidade... porque de súbito se alojou em mim um desejo de reflecção, ou quem sabe de paragem...parar para te sentir longe, para que não fossem os centimetros a separar o teu caminho do meu, mas sim uma unidade invisivelmente maior, por não poder ser imaginada sequer...
Foi ali, onde o vento que passa é diferente, onde até o ruido dos dias sabe a pouco, que me apercebi que fui para longe, para te ter cá por dentro, só e simplesmente mais perto do que nunca... e depois, depois voltar...
Assustada, sim, atordoada, sei lá, um emaranhado de tantas espirais passam por aqui, por este lugar que não é lá e me mostram que a distância pode ser mais amarga quando estamos perto, e que o longe esse, depende de nós...e tão cegamente do nosso coração...
Que digo??!!!
Onde andarei eu com a cabeça ?...
Ai, (!!) parece-me que anda longe donde eu queria que andasse, mas parece que não anda longe do que no fundo (sou e) quero para o meu caminho...