16
Jul13
lassidão
Carolina
nefasta a idade que carrego, assim me sinto passados 4 dias de alegres manifestações corporais e responsabilidades laborais que com elas se misturam...
o meu corpo fala comigo através de dores, pequenos ais, soltam-se em posições estranhas para a minha coluna e os meus gémeos, mais que nunca, estão de costas voltadas para a minha cara, reclamando o descanso que ainda não lhes dei.
parece-me hoje que abusei da maquina que tenho, verbalmente tento encontrar desculpas que digo a mim própria entre promessas de que para o ano farei diferente e que para a próxima não farei igual...
estou preguiçando agarrada a esta lassidão, justificando o ritmo baixo a cada tarefa que não ouso não fazer, prolongo nos meus olhos a miragem do meu sofá, e do teu encosto, passava-me para lá oito horas seguidas de janelas fechadas, e pernas esticadas, num sono recuperador... depois penso, antes lassidão que sonolência... não perdi nado do que aconteceu enquanto metade da Lisboa vitima de uma idade qque se sente a chegar associada a dormência nas pernas, dormia....
invadida por esta lassidão que me corroeu hoje e me matou ontem diante das obrigações de uma adulto dito normal, e depois de tanto reclamar deste cansaço... tranquilamente recupero o fôlego e agradeço a energia e a disposição dos últimos dias... mais que isso a vantagem de ter puxado por este corpinho e entre passagens perceber que em "alive" três dias... e em loop os recordarei até que a sensação de esmagamento físico passe dando lugar somente ao sonoro reviver de mais um espectáculo...
embora menos energética e talvez mais irritável e irritante que o normal, agradeço a esta lassidão a sua verdadeira missão, existir em mim para me provar que estou viva... e viver ás vezes é tirar o folego aos dias para num depois recuperar com eles do cansaço!