10
Jan14
Imergir
Carolina
dias como alguns são mergulhos, imersões enormes de assombramento! mergulhar a cabeça num mar imenso é terapia constante de recomeços necessários em horas eternas de azafama e loucura quotidiana.... Imergir de cabeça, esquecer que a brisa do ar corta a pureza que devíamos sentir, que o falar de tantas pessoas interfere como alinhamento certo do dia que nos era destinado quando acordamos pela manhã! e tudo está estranhamente fora do sítio. Imergir desprovido do que magneticamente atrai o caus, no lado habitual da nossa respiração. permanecer imerso o tempo que o tempo permitir ao corpo não sussurrar com o ar, mas flutuar na sua quase ausência. imergir de imerso...
imergir de cabeça num mar azul, sem deixar de ser, aliviar a dureza das entranhas do calendário, permanecer imerso numa apneia de lassidão e prazer. imergir de cu para o ar, de costas para as peças partidas, dos papéis virados na secretaria, dos que falam, andam, conduzem, sem parar, sem contemplar, sem respirar .
negar respirar o stress, escrever o negro, acompanhar o insano, e contaminar-se pela crueldade de dias assim, derreais, que não acabam, que são catapultas de pontas soltas, incumbidas de nós chegarem para que as amarremos.
passar num lá submerso, perfeito e calmo, não pelo fim, mas por cada um dos nossos recomeços! http://m.youtube.com/watch?v=Md7c95Gw-xA&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DMd7c95Gw-xA
