grande, grande...
precisava de ti, não sabia.
E no tempo certo, como se todos os astros se alinhassem, chegaste tu!
Aqui estou eu. Grande, grande, gorda, e feliz.
Com a mão na minha barriga gigante, ainda na cama revemos o plano do nosso dia, conversamos sobre o que vamos fazer, mesmo que depois tudo aconteça fora do planeado.
Ao meu lado alguém diz carinhosamente, ficas tão parvinha a falar para a tua barriga.
(Parvinha encaixa perfeitamente no estado, na voz e no alheamento que acontece quando conversamos.)
Esta barriga onde acontecem festas com canhões de confetis e simulações de jogos de futebol. Onde cresces tu, depois de tantos medos e dos sustos.
Esta nossa barriga, a casa deste infinito amor e de algumas estrias também.
Eu estou grande, gorda e nem me importo muito, muito não, mas só aquele bocadinho. Que importa este bocadinho, quando sempre mais importas ? E tu não estás longe, nem distante, estás já aqui, onde nunca estiveste e já vais estando.
Cresces, eu cresço contigo.
Sentir-te é a ansia de todos os dias. Esperar pelas tardes onde gostas de rebolar aí dentro e dar todos os sinais. Balançar-te nas manhãs e que ficas na tua vidinha onde nem eu te consigo melgar.
A minha camisola que levanta num ápice pode ser o acontecimento do dia e a tua teimosia em não gostares que me vire para a esquerda a nossa lutazinha diária. Já és tão tu nesse coração acelarado e pequenino...
Meu amor, dentro de mim, para um sempre que não conheço, estou á tua espera, com o mesmo colo onde já andas, com o mesmo amor que já te tenho e ainda mais esperança do que aquele que te anunciou.
Estou gorda, grande e com o maior tesouro entre a minha pele e as minhas mãos.
Precisava tanto de ti, mal sabia, agora já sei!!!
(mesmo quando só, nunca mais estarei sozinha <3 )