23
Jul09
gargalhada
Carolina
A musica está docil, não muito alta, não muito agressiva, acompanha-nos nas nossas palavras, nos nossos gestos, sem que nos apercebamos dela.
Está quente embora dispersa, está lá também...
Aperto-te a mão que levanto e docemente observo, construo com ela junto dos meus dedos uma iamgem qualquer que não conheço nem memorizo, não perco no tempo o tempo de me aperceber de tal...
Sorrio, olho para ti e fico assim, no meio do discurso, da conversa, dos liquidos que já bebemos e não recordamos e dos que ainda ali estão, não preciso de saber mais nada, tudo o resto por instantes se reduz no que queremos dizer, no que vamos fazer, no que realmente não interessando muito ganha o maior de todos os interesses!!!
Num momento sinto que os teus olhos me veem perfeita, no momento a seguir sei que espelho semenhante mudando a direcção do sujeito... fica tudo perfeito... olha para dentro de mim, e percebo que de tanto sorrir, umas vezes com a máxima força, outras no mei de lágrimas acidas, outras com o medo de sentir toda a força do que é o bom, acabei por conseguir, depois da batalha, das horas mortas, do tempo seco, do tempo frio e claro do quente, (acabei por ver que)vem arduamente conseguida a minha gargalhada, ali num dos nossos momentos, de forma simples e natural soltou-se... E num abrir e fechar de olhos, no simples instante, com toda a simplicidade do contexto em que nos fazemos, dou conta da minha sentida felicidade!!!
Solto uma gargalhada, olho para ti.... tudo o resto que acontece... e numa gragalhada interior adormeço no simples até amanhã... sem insónias, sem mais pensar, sem querer saber...