Filhos da Mãe dos dentes!
Recebemos março aos gritos!
Noites em que gostamos de acordar os vizinhos foi o que tivemos por cá. A casa estremecia com os gritos do Xavier desconsolado, sem ben-u-Ron, gel bocal, mama ou colo que valesse.
Este pequeno tem as gengivas do tamanho de um camião cisterna, não quer nada na boca para lá da mama, nem a chupeta, que agora cospe.
Só quer o meu colo e às vezes nem por lá se acalma. Irrequieto parece uma enguia de olhos inchados de tanto chorar. Às vezes choro com ele porque não sei mais o que lhe fazer e dou por mim com as lágrimas a cair.
Março cá em casa começou como o tempo que faz lá fora, em modo temporal . Saí de casa de manhã e ele ficou a gritar no colo do pai, fui com o coração em todos os lugares menos no lugar devido, passei a manhã a pensar como estaria. Descansada porque a afagar-lhe as lágrimas e a mimar a dia for ficou o pai. Cheguei e estendeu os braços para mim e o sorriso rasgado de quem viu o sol, entre a sopa que comia e o mar de baba dos últimos tempos. Tem estado rabugento e queixoso e eu estou por aqui, com ele, esperando que a cisterna rebente e deixe sair os dentes! Estamos os 2 fartos de tanta cerimónia para estes filhos da mãe saírem e já custa vê-lo assim!