17
Nov13
dia #2 loucos sem o livro
Carolina
ouvir ou melhor ler nos blogues que viajar sem informações escritas ou seja guias, é para parvos, é uma coisa normal, mas ouvir locais, motoristas de tuc-tuc, dizer a mesma coisa e verbalizar que somos loucos com um sorriso de troça, só porque andamos sem o livro, é de facto uma novidade.
o livro azul que falam é como esperado, nada mais nada menos, que o lonely planet, e nós viemos sem ele.. normalmente nunca o temos, mas neste caso não temos notas, guias, e nem sequer conseguimos um mapa do país, em Colombo conseguimos umas brochuras com algumas informações da cidade e pouco mais.
estamos então neste pequeno país, sem o livro mas temos internet, melhor dizendo wifi, praticamente em todo o lado, e este serviço é de grande simpatia, visto que estávamos apenas há umas horas no país quando recebi uma mensagem com o meu user e pass caso quisesse aceder aos pontos de wifi espalhados por todo, mas mesmo todo o lado.(pena que o meu telemóvel seja demasiado bom para se conseguir ligar sempre).
supostamente perdido sem o guia, temos feito o nosso percurso sendo guias dele mesmo, e com a ajuda da internet, usamos as noites para estudar as nossas vontades , depois de um banho e com o estômago forrado.
com 5horas e meia de diferença face a Lisboa, estranhamos a meia hora, que ainda não percebi de onde vem, não tivemos dificuldades em adaptar o corpo ao horário, talvez pelo cansaço com que chegámos, talvez porque todos os dias as 17.30 anoitece, talvez porque alguma vez tinha de ser fácil.
viemos para o srilanka sem expectativas muito grandes, e completamente à ultima da hora, leia-se mais à ultima da hora do que é normal, assim sendo eu tenho descoberto coisas sobre este país que ainda não conhecia, o André tem aprofundado o que já sabia e descoberto que há mais para visitar do que esperávamos.
Marco Pollo diz que esta ilha é o paraíso na terra, eu diria que é um lugar desafiante, quando olho ao redor sinto um pouco de muitos lugares onde já estive, que todos juntos dão lugar nenhum, ou seja este, completamente novo. recorda-me as pirâmides do México, pela imponência das construções, os templos de Ancor pelo detalhe, pela lógica e desenvolvimento de ibnra-estruturas em cidades tão remotas, e ainda pela selva densa que circunda tudo; cheira-me a Malásia e as ruas têm um toque de indonésia, no final resta dizer sem dúvida estamos no oriente.
as pessoas são simpáticas, olham-nos com alguma curiosidade, observam as nossas roupas, param para nos ouvir falar.
andar de autocarro com elas é a verdadeira loucura, o transito é caótico, os autocarros parecem caravanas de circo com luzes e musicam e muita muita gente a entrar e a sair, se a minha mãe imaginasse que escolhemos esta forma p nos deslocar durante as ferias talvez me proibisse.
tudo é diferente, para lá do cheiro e da visão o paladar acusa coisas boas e más; as maças são odiosas, as bananas e o ananás divinas. jantamos hoje o nosso primeiro caril,espero que amanhã não me doa a barriga, jantamos na guest house onde estamos hospedados, local despretensioso, mas limpo, apesar de simples, conseguimos dormir com qualidade, comer e pensar as próximas passagens.
são 9 da noite deste segundo dia, 3 horas de escuridão cerrada, ligações para portugal feitas, para dizermos que estamos bem, o nosso corpo queixa-se me demasia da caminhada extensa de hoje, subidas e descidas em degraus, que estão a por os meus pés mal recuperados do inchaço do avião num oito... mas será assim, descansaremos merecidamente daqui a uns dias...
diz que por agora o srilanka está de bom gosto e recomenda-se, e seguimos sem livro, para a parte que falta do triângulo dourado....
rota do dia:
danbulla- sigiriya rock- danbulla cave temple and golden temple- hotel
o melhor: a cidade de sigiriya e o caril
o pior: golden temple e a viagem de autocarro até sigiriya
até amanhã