12
Nov07
Como é para ti?!
Carolina
Como se beija uma nuvem estilhaçada, quebrada num céu descolorado? Como se encontram quimeras, nas encruzilhadas de um bosque densamente povoado de solidão?
Como se respira sem fonte? Como se chora sem horizonte para chorar, sem acalmia para sentir e turbilhões para contornar?
Dás-me luz? Aqui, agora, ontem, amanhã, no que futuro que fito e finto, no passado que prezo, recordo e esqueço?
Dás-me luz? Parte do calor? Parte de nada, sem sol e sem réstias de brilho? Dás-me? Não?
Dás-me Abrigo ao domingo de manhã, névoa à segunda feira, brumas numa semana completa, onde o desgaste começa cá dentro e me impede de te pedir, de te sentir, de ver a tua luz, de beijar em estilhaços o porto que já foste, o mar que revolto ainda és, a povoada solidão que somos juntos??…
Agora aí, com a infinidade de milhas cruzadas e linhas telefónicas desligadas, a falar mais inglês que o possível detestável por mim, a querer pensar em português por sermos assim, porque de fado, só, nós, podemos falar como loucos, de uma Lisboa só nossa, de um tasco animado da sinfonia da epifania de sermos como ninguém um…
Como se respira sem fonte? Como se chora sem horizonte para chorar, sem acalmia para sentir e turbilhões para contornar?
Dás-me luz? Aqui, agora, ontem, amanhã, no que futuro que fito e finto, no passado que prezo, recordo e esqueço?
Dás-me luz? Parte do calor? Parte de nada, sem sol e sem réstias de brilho? Dás-me? Não?
Dás-me Abrigo ao domingo de manhã, névoa à segunda feira, brumas numa semana completa, onde o desgaste começa cá dentro e me impede de te pedir, de te sentir, de ver a tua luz, de beijar em estilhaços o porto que já foste, o mar que revolto ainda és, a povoada solidão que somos juntos??…
Agora aí, com a infinidade de milhas cruzadas e linhas telefónicas desligadas, a falar mais inglês que o possível detestável por mim, a querer pensar em português por sermos assim, porque de fado, só, nós, podemos falar como loucos, de uma Lisboa só nossa, de um tasco animado da sinfonia da epifania de sermos como ninguém um…
(Descobrir depois que não temos nacionalidade nem falamos a língua de ninguém....)
Vem o fogo nesta parte, fazer com arte as partilhas de um sonho preto, branco, terno azul e sempre verde como cada parágrafo da minha escrita, que na magoa revela a esperança e nas entrelinhas te revela a ti aqui. Vem o fogo queimar-me e queimar-te em segredo, gritando que está aqui, no entre nós, no depois de mim, na passagem para lá..
Desidratados por sermos assim, desfigurados deste contexto que nos entendia, vamos soluçando soluções que não chegam, que conhecemos, almejamos e respiramos na mesma almofada que nos acolhe e nos põe de molho a recuperar, a ressurgir para o lá fora que depois tempos…
Passar por lá contigo, é ás vezes assim….
Como é para ti?
Vem o fogo nesta parte, fazer com arte as partilhas de um sonho preto, branco, terno azul e sempre verde como cada parágrafo da minha escrita, que na magoa revela a esperança e nas entrelinhas te revela a ti aqui. Vem o fogo queimar-me e queimar-te em segredo, gritando que está aqui, no entre nós, no depois de mim, na passagem para lá..
Desidratados por sermos assim, desfigurados deste contexto que nos entendia, vamos soluçando soluções que não chegam, que conhecemos, almejamos e respiramos na mesma almofada que nos acolhe e nos põe de molho a recuperar, a ressurgir para o lá fora que depois tempos…
Passar por lá contigo, é ás vezes assim….
Como é para ti?