barriga!
O tempo está a passar, estas duas últimas semanas foram em modo gigantes para ti meu fanico e para a minha barriga também.
Já custa passar o corpo em alguma roupa, já custa repetir durante muito tempo a mesma posição, as minhas costelas não são as maiores fãs dos teus pés, mas é tão bom ter-te perto do meu coração.
Sinto-me algures entre uma baleia e um cachalote, que vê a barriga crescer a cada dia, sem parar... mas sem parar mesmo.
Às vezes enervada quando tento fazer algo e já não posso, reclamo um bocadinho com a criança, aliás com a barriga, e ficamos ali num diálogo estranho que termina com um: mas eu gosto muito de ti, ouviste, mas isto de ser ainda maior não é fácil.
Entre o pior da sensação de estar permanentemente a crescer e o melhor de saber que o meu pinguím cresce também, prepararo-me para toda a montanha russa que aí vem, preparamos a casa e continuo a esperar crescer mais.
Entre um desabafo de lontra e outro, tenho o teu pai, agarrado à nossa barriga e a dizer nostálgico- "que saudades que vou ter desta barriga, gosto tanto de te ver grávida". enquanto passeia as mãos em ti para cima e para baixo, e eu suspiro.
( na minha cabeça há imagens de socos meus no pai)
Como pode ter saudades de mim gigante!!?
Entre as minhas trombinhas e o meu ar de arreliada, lá deixo escapar um sorriso depois da birra, entendendo que isto de ser uma baleia têm os seus encantos, quando é vida que temos a crescer dentro de nós (iteralmete dentro de nós)!
Há uma barriga gigante cá em casa.
Esta barriga é minha, esta barriga sou eu.
Há amor nesta barriga!