06
Out15
Quero dormir!
Carolina
A noite foi de vendaval, ouvi a chuva a cair, e o bebé do vizinho de cima.
Tenho dormido pouco, o meu rosto sucumbe a preponderância das minhas olheiras, sinto-me em combate para que elas não se afundem até bem perto do meu nariz.
Sair da cama pela manhã tem sido tarefa helénica, o meu corpo assume dimensões de mamute e o meu colchão ganha cola, e para tornar tudo mais difícil, esse habito que ganhaste sem saber de mal ouvir o despertador e te virares para me agarrares a ti... agarra-me com super-cola ao lençol.
os dias não têm sido fáceis, entre o desgaste físico e o carburador psicológico acelerado, a cama ganhou toda uma nova importância na minha vida, talvez porque passe pouco tempo com ela...
entre as borboletas na barriga e o furor dos dias que passam, corremos de um lado para o outro, nasce um sol, vai-se para o lado de lá, mostra-se a lua, esconde-se até ao outro anoitecer. Acompanhamos com passadas largas o movimento do universo, e ousamos pensar em parar um pouco e descansar.
Desafiamos o corpo, a mente e damos elástico ao nosso tempo onde encaixamos o que conseguimos e suspiramos por dias com tantos menos para fazer.
Nos segundos de intervalos das coisas, respiramos, olhamos um para o outro, e lá dizemos em jeito de pessoas sérias que brincam - a sorte, é que eu gosto muito de ti!
Que sorte gigante, bebemos dela energia, e lá vamos nós...dali a uma qualquer inspiração profunda, começa tudo de novo.
E suspiro por um tempo para dormir, efectivo, em que o meu corpo acelerado se desligue e não se lembre de quer de sonhar. eu penso: em breve terei tempo para dormir... e não falo de mais dez minutos pela manhã, mas de horas gigantes de vida a acontecer, onde eu estarei somente a dormir.
Respiro fundo, acompanho esta maratona dos dias, e elevo a fasquia, quero ir, apanhar um avião cruzar um espaço mais próximo do sol, mas longe daqui, e ir, cansar o meu corpo com horas de entusiasmo e curiosidade, horas que não cansam, horas que renascem.
Queroum por do sol perfeito, e um tempo lento, cheio de luz, depois de entrar no avião, quero prolongar os sonos, e os descansos, aproveitar os comboios para ler, e os barcos para não fazer nada, quero ter olheiras de alegria e dores do corpo de excesso de danças loucas. Quero dores de barriga e espasmos nas bochechas de tanto ir. quero que tempos sem intervalos. quero ir... mas antes... algures num espacinho livre dos dias quero dormir...
entre as borboletas na barriga e o furor dos dias que passam, corremos de um lado para o outro, nasce um sol, vai-se para o lado de lá, mostra-se a lua, esconde-se até ao outro anoitecer. Acompanhamos com passadas largas o movimento do universo, e ousamos pensar em parar um pouco e descansar.
Desafiamos o corpo, a mente e damos elástico ao nosso tempo onde encaixamos o que conseguimos e suspiramos por dias com tantos menos para fazer.
Nos segundos de intervalos das coisas, respiramos, olhamos um para o outro, e lá dizemos em jeito de pessoas sérias que brincam - a sorte, é que eu gosto muito de ti!
Que sorte gigante, bebemos dela energia, e lá vamos nós...dali a uma qualquer inspiração profunda, começa tudo de novo.
E suspiro por um tempo para dormir, efectivo, em que o meu corpo acelerado se desligue e não se lembre de quer de sonhar. eu penso: em breve terei tempo para dormir... e não falo de mais dez minutos pela manhã, mas de horas gigantes de vida a acontecer, onde eu estarei somente a dormir.
Respiro fundo, acompanho esta maratona dos dias, e elevo a fasquia, quero ir, apanhar um avião cruzar um espaço mais próximo do sol, mas longe daqui, e ir, cansar o meu corpo com horas de entusiasmo e curiosidade, horas que não cansam, horas que renascem.
Queroum por do sol perfeito, e um tempo lento, cheio de luz, depois de entrar no avião, quero prolongar os sonos, e os descansos, aproveitar os comboios para ler, e os barcos para não fazer nada, quero ter olheiras de alegria e dores do corpo de excesso de danças loucas. Quero dores de barriga e espasmos nas bochechas de tanto ir. quero que tempos sem intervalos. quero ir... mas antes... algures num espacinho livre dos dias quero dormir...