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Passa Por Lá

Passa Por Lá

23
Fev14

euromilhões

Carolina
sei que não és católico, e eu sou , cá da minha maneira sou... assim diferente mas sou!
sei que não acreditas no meu sexto-sentido, nas energias, nas coisas que nós mulheres dizemos sentir, afirmamos saber e temos a certeza que vão acontecer... 
és mais racional que eu, és diferente de mim... nenhuma dessas coisas me dá comichão, me faz sentir mal, me afasta, pelo contrário, às vezes arrepia-me a pelo e envolve-me a barriga naquela sensação estranha, que nós humanos chamamos de frio, mesmo que ela nos ponha a ferver por dentro.
meu Deus o que sofri para ficar contigo, sim posso falar das lágrimas, da luta e da imensa dor que o meu coração sentiu tantas vezes... o que cresci com a angustia, o que aprendi com ela.
a sorte não é só feita de coisas boas, as moedas todas têm dois lados, as pessoas seguem o mesmo silogismo... somos dois lados de um eu, acho que é por isso que sozinhos também somos um nós.
acredito nas energias das pessoas que se completam, que pensam diferente, que juntas são a soma de coisas sem sentido e resultam assim numa equação única. 
duas cabeças iguais juntas só servem para levar uma à preguiça ou ao estado de extinção, por não se precisar dela...
sei que não és perfeito, eu também não sou, sei que tens defeitos, eu também tenho, sei que serás sempre tu, com o bom ou mau, o que eu acho o que realmente és, não me iludo na tua ou na minha pessoa, com a perfeição que devíamos ter. não tenho para mim a imagem tua do que eu queria que fosses, porque só me interessa o que realmente és... sei que és assim, pragmático, directo e fiel ao teu caminho. somos estranhos, mas somos nós... passamos por muitos lugares juntos, sem muitos ses, com a lógica que nos faz sentido.
diz-se por aí que a sorte da fortuna nunca para de girar, e bate às portas de muitos, mas são poucos os que a ouvem , por isso ela vai, e não volta a bater outra vez onde já tentou ficar... por esta razão atrevo-me a dizer que não me vai sair o totoloto, o lotaria, o totobola, el gordo, ou muitos dígitos
de dinheiro num concurso qualquer de apostas, ou numa herança, não tropeçarei num cheque sem remetente no meio da rua, nem encontrarei um tesouro escondido num arca antiga, que me venha ainda mais enriquecer... a minha sorte já passou por aqui, e eu fiquei com ela, (eu sei que não acreditas em Deus, e sabes que eu sim... ) não voltará de certo ao mesmo lugar, tenho comigo a certeza que quando Deus te pôs a passar no meu caminho, deu-me a imensa sorte de me sair o euromilhões...

na minha forma de lhe crer, agradeço-lhe por isso... e agradeço a ti pela fortuna que conseguimos fazer juntos!
18
Fev14

Esperar atrás da linha

Carolina
Sou um espírito de contradição... O que é que isto quer dizer?

Quando há linhas a delimitar, o meu pé gosta de estar perto da linha, por vezes em cima ou para lá da mesma...
É um desafio, um querer ir ali contrariar a energia que me quer obrigar a ir em sentido contrário. Como de qualquer perspectivam,pode ser esta característica um grande defeito,  mas aprendi a torná-la numa virtuosa forma de ser.

Gosto da ideia e da acção de  passar barreiras, mesmo que ás vezes não escolha as melhores, sou teimosa e detesto linhas, gosto de finais inesperados;
para mim chegar a uma meta desenhada por uma linha, é o mais previsível que pode haver, e não gosto...
Limiares e traços a passar ou a pisar subtilmente são predileções de uma teimosa, refilona e audaz pessoa, que fala na velocidade de vendaval, que contraria o simples do comum, mas que depois chora no e com o  coração maior que tem... 
"Mea culpa" a este feitio, que domo todos os dias e transformo na expressão do meu melhor, (ou pelo menos tento).
Espero atrás da linha sempre que não me obrigarem, sempre que me pedirem, sempre que vir que merecem, passarei pelo lá da linha sempre que o mundo me quiser contrariar e levar para onde não quero ir, porque até  hoje o espírito de contradição maior que conheço é o meu.
11
Fev14

Dança Roubada

Carolina
 os beijos, as cerejas, os figos, os doces... em comum, o que têm? -  todos sabem melhor roubados. 
roubam-se, reclamam os donos, mesmo quando gostam e reconhecem a paixão do roubo, felizes seguem os que roubam, e trata-se de um furto que em nada atrapalha a ordem natural das coisas. o mundo sorri e vê passar....
e são assim estas coisas; coisas, aquelas que ultimamente, para lá da sua forma material, andam em forma de palavra, um sujeito activo na construção dos meu roubos e das minhas palavras. 
não sou boa roubadora de acção, sou mais uma roubadora de bastidores, gosto de dar ideias sublimes, para que alguém muito astuto chegue ao ponto mais alto de um figueira, ou ao melhor dos beijos que deseja... 
para lá de não ter jeito para estes gamanços subtil e de beleza estonteante, embora já me tenha aventurado nos meus, ajudada por vezes pelo álcool engarrafado que o mundo nos permite comprar por aí,  não sei dançar... posso por isso ficar encurralada entre dança que nunca vou roubar e a descoragem que transmito a quem ousar fazê-lo. 
podíamos falar imenso sobre o verbo dançar, sobre o que a construção desta palavra me diz, parece-me um circulo, um circulo sonoro e alinhado, e os círculos na minha cabeça, em forma de gente, representam duas pessoas, sempre duas. dança de uma só eu sei fazer, e sei também  que nunca se poderia roubar! 
o meu dançar a dois, pode ver-se, mas não tem de se ouvir, porque há musicas que tocam só para alguns ouvidos, longe do mundo que não a decifra, pode ser rápida ou lenta, dois passos ou um leve abanar, chama-se sempre dança porque é a junção mecânica e metafisica de dois corpos, quatro mãos,algumas  pernas que podem ou não tocar-se, peito mais ou menos colado e olhar cerrado ou distante. intensamente dançada, tem a força de um vulcão e a leveza de um cascata, adapta-se-se ao ritmo do tempo que não conhece, porque existirá acima das horas que ele mancar pode ser um tango, um fado ou um corridinho, e pode ser nada perto de um estilo qualquer...
entre a conversa, as eternas palavras roubadas, as declaradas, não vou escolher a música, o dia, a hora, o tempo, a roupa ou os sapatos, vou esperar com vontade que passe alguém e me faça rodopiar levemente numa daquelas estranhas e não únicas, mas perfeitas danças roubadas...

http://www.youtube.com/watch?v=iX-QaNzd-0Y
10
Fev14

desfaleceu

Carolina
há cursos naturais para as coisas, deles depende o tamanho de tudo, depende a condição física em que as coisas se apresentam...
às vezes insuflam...enchem, enchem que só, às vezes mirram, outras vezes mantém a sua forma por tempo grande e comprido. 
as coisas como as pessoas, mudam; a mudança é o próprio tempo, e o tempo nunca é igual.. as coisas são humanas e desumanas, são feias e bonitas, são mais e menos, quentes e frias, são yin e yang, mas nunca deixam de simplesmente se resumir ao que são. 
as coisas desfalecem, entristecem, recompõem-se e recomeçam, e pronto já está. 
o destino é mais uma coisa, ou as coisas são como o destino, às vezes segue assim inchado  de felicidade, mas depois tropeça e cai, desfalece uns segundos no seu rumo, às vezes dias, às vezes muitas horas... desfalece e espera recompor-se, e pensa, e quer, e escolher recomeçar... 
diz que o destino tem destas coisas, tem dias;  há dias no destino que em que o seu próprio destino é desfalecer um bocadinho...ontem, não lhe virei as costas, continuo a passar de frente com ele, ,mas aconteceu isso ao meu! 

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