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Passa Por Lá

Passa Por Lá

25
Out13

de fora para dentro de nós

Carolina
não somos nada longe da pertença ao mundo, as regras, as normas, a psicologia comportamental que traça tantas vezes o certo e o errado que se sobrepõe ao que realmente queremos, perseguem o nosso respirar ao som de um tic-tac constante.
esta pertença sem balanço faz de nós pessoas de essencia deseiquilibrada, mas este balanço sem parte do que somos realmente não faz sentido absolutamente nenhum.
há espaços no nosso tempo em que entre saltos e quedas chegamos a um pleno sentir que estamos bem, e que com tudo o que não está plenamente no lugar mais tudo o resto estamos felizes... os sorrisos saem, as coisas menos boas são só coisas, e tudo se soprepõe a elas. invadenos a certeza que queremos ser assim, estar assim, seguir assim e que somos capazese de encontrar solução, remendo ou pensamento certo para o que estiver para vir. invejo-me a mim propria quando me sinto assim, e comtemplo a capacidade que os outros que passam por mim por estes momentos tiveram em dar-me parte do que sinto, olho para cima e sinto a sorte, sorte de ser, ser como sou, sorte de estar aqui e agora e de os outros quererm estar comigo, de permanecer no tempo com o que quiser permancer comigo, com  a saude, a familia, o amor, a paz de espirito e tudo o resto.
descobri há poucos dias que quando se experimenta estado semelhante, o nosso corpo, ou parte dele deve emitir certos sinais ao universo de forma geral, ou então deve enanar um cheiro diferente...
o meio onde estamos, os grupos, as pessoas com que nos cruzamos nao recebem esta energia da mesma forma, e de um momento para o outro, parece que tudo conspira para que dentro de nós esteja um problema que não temos, surja uma preocupação que não existia por falta de sentido, e todas as vozes se juntam para banir o que sentes de melhor e te apresses a olhar para algo que eles estão a ver e que é de certo um problema.
existir é desafiante, temos uma mente, temos o nós, o nosso corpo e temos os outros, estar em perfeito balanço com tudo numa passagem onde o que temos de mais certo é a impermanecia é um exercicio que nem sempre ultrapassamos com dificuldade.
o que vem de fora na maior parte das vezes, abana, faz nodoa negra, faz tremer, duvidar, olhar para as coisas de outras formas, mas o que fica lá dentro no lugar que queremos e principalmente no lugar do que sentimos é o que escolhemos lá colocar... esta escolha ou decisão é a marca que faz de nós únicos, raros, pensadores capazes de mover o mundo com as suas proprias ideias, e resolutos, num mundo onde o que está cá fora é de todos, mas o que está cá dentro para lá de nosso é de quem quiseremos que po lá passe, e fizermos questão de que por lá fique....
continuar a estar feliz é seguir o caminho que mais nos interessa com a energia de quem nos apoio, na debilidade, na doença, na cura, na recuperação, no progresso, no crescimento, na felicidade, em todos os momentos...
15
Out13

as coisas e o medo das coisas

Carolina

há coisas que para lá de nós não têm fim, têm uma forma perene de estar por aqui e por ali, onde nós, ou outros para lá das coisas, simplesmente só passamos. 
há coisas que não passam por onde passam os nossos pés, mas vão onde eles nos levam ou se transportam pela essência para lugares onde são as melhores coisas do mundo.
as coisas por norma existem , teimosamente conseguem por vezes trocar de lugar, ou mover-se estrategicamente como se o mundo fosse um tabuleiro de xadrez, cheio de cavalos e rainhas. 
as coisas acontecem connosco e nós existimos por via delas, contribuímos fortemente na provocação das suas metamorfoses, porque nascemos com medo, medo das coisas. 
se as coisas não se explicam na sua essência, porque derivam de uma origem cuja forma, as coisas na totalidade não permitem explicar, o medo nasceu logo ali ao lado da primeira coisa, de forma vulgar e quase tão perene como as mesmas, não fosse ele extinguível na sua causa... o medo das coisas, é o medo que temos nas coisas, que é não só tanto como o de deixar de ser. 
as coisas são a imensidão que lhe damos, a importância que o mundo nos ajuda a empolar ou diminuir, a forma que lhe damos e o que a soma de todas elas que a nós chega, e em tudo isto, a forma redonda de nos subtrairmos de tudo, somos a coisa entre as coisas, que morre, para deixar de herança as coisas que não se levam... ou seja todas as coisas. 
existo certa da morte de todas elas, existo na força de fazer tardar a morte às que mais quero, e certa no medo que tenho de não a conseguir para prolongar...
nessa certeza encontro a razão de luta por tantas outras, e percebo muitas vezes que disso não passam, quando tenho que distinguir as que merecem o tempo que lhes dou, das que devo deixar para o tempo que não volta!
o medo das coisas que nos move, e nos diz que o amarelo é melhor que o azul e que viver vestido e numa casa é a indiscutível verdade é o medo que nos mostra a certeza de estarmos cá, coisa a coisa, para que em todas elas haja principio, meio e fim, até que um dia deixamos de assistir ao fim das coisas, para sermos nós mesmos o fim delas...
passaremos com o tempo em cada um delas, e aqueles que passarem nelas na ilusão perfeita de coisas não serem, serão entre todos os mais felizes, porque encontraram o lá das suas passagens e aqueles que passarão com eles coisas fora até ao dia em que conseguiram ser perenes num tempo que não passa mais! 

07
Out13

camomila, confissões de um anciosa

Carolina
nem sempre somos como somos, mas raramente deixamos de ser. não perpetuamos existências teimosas dos comportamentos que não são nossa característica, porque como os ditados dizem, mais cedo ou mais tarde, a verdade sobe à toma, neste caso à nossa, e sobe para afinal podermos ser o que formos sempre. seria impossível por esta e outra razoes ser perfeita e por outras tantas pachorrenta  mesmo quando desejo muito sê-lo (:)).. só porque não sou mesmo assim e só por isso!
todos os dias mais ou menos por esta hora, forço o meu corpo a uma contrariedade, forço-o a acalmar-se, para que me diga que na verdade seguirei o resto das horas do dia, num modo mais fácil de tolerar. Dizem que o meu metabolismo é lento, e que o meu corpo devia expressar essa característica  de facto expressa em dimensão, nomeadamente pela largura, porque a energia que me move, e me faz passar do cérebro mediante determinadas situações, ou meter a sexta velocidade para fechar pendentes, os pulmões que me permitem, berrar ou rir com a mesma força e vontade, as pernas que sobem e descem as escadas vezes sem conta e as mãos que teclam sem parar, parecem tremer na hora de não me mostrar a calma...quase todos os dias o meu coração dispara mais que um vez saindo da velocidade que considero normal, quase todos os dias me engasgo com a saliva, e a minha respiração diminui de intervalos;  todos os dia só meu corpo sente formigueiros, todos os dias respiro fundo, exercitando a minha capacidade de baixar a um ritmo que não é meu, todos os dias me questiono se um dia não caio mesmo para o lado... hora de ouvir musica de relaxamento, de por os phones, baixar o ritmo e preguiçar... preguiçar eu gosto, pisar o risco da aceleração sem saber como voltar à calma não. 
sou ansiosa e essa ansiedade é maior quando se tratar de dar o meu melhor, todos os dias ela passa, todos os dias a uso e controlo para ser sempre melhor, quase sempre consigo, e quando vejo que não sou capaz, encontro nela a resistência de ser capaz depois... e por agora somos as duas capazes de viver comigo no meu corpo e superar cada dia numa felicidade que nos contagia e mostra o melhor de mim.
os entendidos dizem que todos os dias, ou pelo menos a maior parte deles, em o meu corpo somaticamente me chama atenção para o ritmo que não está bem, que nada mais tenho em mim que stress, muito, ansiedade também. dizem que é do trabalho, do compromisso que tenho, do envolvimento em demasia, de todas as coisas de que responsabilizo, que raio de doença é esta que aparece por sermos bons profissionais?? boas pessoas? pessoas rápidas? pessoas responsáveis? pessoas com muita coisa para viver....
todos os dias trabalho emocionalmente para ser mais inteligente que estes tufões de stress que hoje invadem
as vidas de tantas pessoas como eu, que só querem sair do trabalho e viver intensamente com a tranquilidade de terem dado o melhor, todas as horas que passam fora dele. chamo-lhe resistência, logo faz parte de um bom treino e de um grande plano de vida.
 sei que posso acalmar-me facilmente desde que tome umas coisas fantásticas, quase sempre esgotadas mesmo que à venda nas farmácias, que me podiam, faziam dormir, mas dado o meu ritmo só me atordoam um pouco... ou posso lutar todos os dias com a mesma energia, para não sentir nenhuma destas coisas, superar-me estoicamente e tratar por tu todos os sintomas, desta vida semanal stressante em que me coloco... posso ousar mudar de vida e um dia conseguir dar essa volta, posso contar com alguns...e posso a qualquer momento passar por onde quiser em pensamentos e desligar-me desta corrente. desafiante como tudo o resto que tenho por perto.
de forma simples e num pequeno copo, todos os dias assim, tenho comigo a camomila, cruzamos as fronteiras dos limites e desfrutamos uma da outra como se um dependência se tratasse... um copo, dois copos, três copos, um saquinho, dois saquinhos, muitos saquinhos, embriagada no seu aroma, envolta no seu cheiro, ouso beber a fórmula que sem me desligar da máquina me traz, associada aquele momento, a lucidez de perceber pelo menos da calma que preciso, para mais um dia, para mais um semana... 
passo agora com o meu saquinho de camomila pela hora do chá... boa tarde para quem passa algures por aí!

02
Out13

dias, rotina,descanso, sinónimos e contrários

Carolina
a nossa espécie revela poderes e capacidade incríveis como pensar, sentir e mudar... esta ultima intimamente associada ao desenvolvimento que foi alvo e ao animal racional fazedor de coisas em que nos tornamos, muitas vezes me faz pensar... 
no passado precisaria o homem te dias grandes, de tempos livres, de rotinas para não faltar ao ginásio  aos compromissos, de anotar em agendas a época das chuvas ou das colheitas, talvez não... como se chamariam os empregos, os horários, as refeições... o próprio tempo?
esses homens e mulheres do passado seriam ricos, sábios  diferentes ou conformados, ou simplesmente pessoas a viver ao sabor das expectativas do mundo, que sendo outro, espera outras coisas, que as que não espera de nós?
os dias andam ao sabor de um relógio diferente em cada canto da sua passagem, e as pessoas, diferentes, giram com ele, de formas tortas, dando sentido às diferenças que procuramos encontrar nas nossas viagens. 
os dias normais,tantos, sinónimo de coisas para fazer, do tic-tac do relógio, do que os outros pedem, do que fazemos, do que queremos fazer, do que fica por fazer. puta da rotina dos dias comuns, que só existe para sairmos dela; que existe para que encontremos motivação nos seus contrários, contrariemos os seus sinónimos e todos os dias, com a mesma força de um rotina, nos inspiremos na vontade de contrariar a normalidade, e chamar a esse contrario, o passar por lá de uma nova viagem... aquela que dá descanso á rotina, que tem piedade da mecânica das actividades físicas repetidas, e nos põe a correr para buscar nos lugares desconhecidos as rotinas dos outros e calmamente desfrutar do prazer de nelas não existirmos. 
estes são os dias, do contrario, em que o normal ganha sentido, e nada mais é que o meio de chegar a eles, os dias em que as rotinas se alteram e significam diferença e o nosso descanso é correr para um mais além diferente do passa por lá de mais um amanhã como o de hoje...

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