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Passa Por Lá

Passa Por Lá

26
Nov08

...

Carolina

Se um olhar te intimida
Loucamente procura-o,
Desfaz num sopro todas as duvidas
E num vendaval, Reconstroi tal olhar...
Se uma vontade te possui
Possui cada pedaço da sua existência,
E com intensidade,
Sem maleficência,
Sem qualquer pudor, agarra-te a ela...

Se um sorriso te entrega
Da-lhe a tua riqueza
Entrega-lhe o teu tesouro,
Sem sopro de volta, e
Somente com bilhete de ida....

Se de novo a poesia te chama,
Diz-lhe ao ouvido,
Que ali estás por inteiro,
Como sempre e no primeiro,
Instante insano,
Em que olhaste, e o teu corpo lhe sorriu...

Se estás agora louca,
Mantém-te assim...
Toca e rasa a loucura do teu ego,
E ainda o mago do teu super-ser,
Que num instante te mostra,
Que o bagaço da tua alma,
Es só tu propria...
Bebe num trago o que se foi, e recorda,
Bebe em dois o que tens aqui...
Espera pela ressaca
De todo o teu eu..
Entrega-te nela com doçura
Brandura e toda a tua quimera...

Se tudo isto acontece,
Se tudo isto é agora,
Acalma o teu fogo, Respira....

Se tudo isto acontece... contempla...
Deixa vir,
Sente...
Se acontece,
É porque é hora de ser..
É hora de soltar o cabelo,
E saltar pela Janela...
Agora é hora...

A minha pequena hora, e perfeito instante de ser assim...
03
Nov08

"A cena do òdio..."

Carolina
"Hei-de ser a mulher que tu gostes,
hei-de ser Ela sem te dar atenção!
Ah! que eu sinto claramente que nasci
de uma praga de ciumes.
Eu sou a sete pragas sobre o Nilo
e a Alma dos ´Bórgias a penar..."

Jose de Almada Negreiros

Do amor ao odio, um passo só,não!!!!
Palavras, do amor ao odio vai um caminho inteiro, vai uma imensidao, e vai ainda a incerteza de n conseguir...
03
Nov08

...

Carolina
Tomamos os sonhos, por momentos para os esquecer, olhamos para dentro de nós, para num sopro desistirmos de nos encontrar, porque em nós acabámos por nos perder. Sem razão e de espelhos tapados, com a mão na face em busca de nós, voltamos mais uma vez a assumir o erro. Não existo para ti, sou pedra em mim, como pedra em ti, insisto mesmo em pedra dura, insisto mesmo quando tudo esta revolto, me falta a calma, mesmo quando preciso de um abraço, do teu envolto no meu corpo, mesmo quando este nao tem postura e sofre com dores de tão amachucado. Insisto num abraço que não vem, porque vem devagar consumir-me a sua falta. Sou pedra às cores no teu peito, sou pedra assim, como outra qualquer imperfeita, como tantas outras coisas na natureza. Estou perdida com as cores do oceano, mais as do arco-iris, e todas as outras que não sobrando muito estando para lá delas, sou espiral em mim perdida no reviver constante de um mau momento e de todos os outros que chamo para apagar o primeiro.
Não há sonhos nem flores no jardim que quero para mim, nao há nevoeiro rosa e doce e nuvens de algodão para me adormecer; estava ali tão perdo de um ceu quase meu, a respirar de novo a liberdade de asas soltas no vento, sem amarras de coração, e tudo caiu, caio eu primeiro e depois todas as minhas certezas e metas que queria alcançar. Muda a musica no gira discos, imagino os meus braços vazios envolos no teu peio, os meus olhos ocos à procura dos teus, e dou por mim mais que perdida em mim, perdida outra vez.
A montanha que se aproxima nao é magica, nao e as cores, mas é toda para aos passos tentar ulrapassar, sem previsões de tempo, sem previsões de estado, sei que é para eu subir, para eu me encontrar, para vencer os medos, os pensamenos repetidos que vão entrar na cabeça sem parar de girar chamando o tempo e o acontecimento, repetindo para mim, que não se podem apagar...quero a monanha para subir e para me subir tambem, me desprender, e perceber que sendo pedra em ti, tenho de tirar-te daqui, porque recuso em pedra te transformar....
Se preciso de ti e nao estas, quando não preciso ti nao estas, nunca vens, nunca es, nunca ficas, nunca ouves, nunca te ouço, parece-me invalido e pouco coerente continuar a chamar por ti, ansiando e esperando, por num momento me encostar no teu abraço e sentir tudo mais confortante; se assim é, parece-me tempo de deixar que o tempo te leve com ele, que te mistures no que nao se apagando se atenua, se torna mais distante e cinzento, mais leve e menos importante... falta so descobrir quanos passos me levarao ate esse estado, ate essa força, e essa decisão...se nao sabes ser colo, se nao sabes estar aqui, se nao sabes olhar para mim, nao preciso do teu corpo, nem da tua pena, nem do teu cansaço, porque tudo isso se arranja facilmente neste mundo....

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