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Passa Por Lá

Passa Por Lá

26
Mar08

...

Carolina
A descoberta de saber voar, mostra-me a clarividência da descoberta de eu assim.. mostra-me a importância de saber esperar, de saber viver agora, de saber parar, para não pensar de mais...e depois, e depois subir mais um pouco, respirar mais fundo... sentir ali...
Leve como quem passa pelo horizonte e o comtempla, calma porque afinal não comtemplo nem peço por angustia, ela nao veio, pelo menos não agora, quente porque sei sê-lo, fresca porque consigo respirar em mim, doce, porque te vejo passar, e eu, porque também já fui assim lá atrás, porque deixei de o ser, e porque regressei aqui, leve, porque leve vale a pena, porque leve posso ser como sou, porque a passar por lá posso encontrar-me contigo, posso ter-te comigo e posso sempre estar mais um pouco em mim! E tudo porque posso voltar a ser assim...
Voo leve, porque leve sei, que doi menos, porque leve as asas não pesam...porque sou eu, leve...
20
Mar08

...

Carolina
Arde
aquece e queima,
chegou antes do tempo
Não fora pedido,
Era esperado...

Doce,
Ainda assim,
O que levas contigo
Não me deixa no vazio
Continua em mim
Permanece....

Crespo
Não devias voltar atrás
Ou quem saber terias,
Quem sabe se queres,
Se queres foi assim...
E deixa de o ser ...

Leve
Silêncio nosso em mim
Em ti não sei,
Aconchega e renova
E silêncio é....

Sonho,
Não quero adormecer,
Acordar será doer ,
Sonhar é assim
e o sonho és tu....

Sentir
mais que nunca,
Diferente de sempre,
com toda a força,
tudo isso
Sentir contigo....

Mulher
que descubro assim..
que construo de novo,
que renovo e reconheço
como??
no calor do teu aconchego...

Ficas
Estás, logo vais
Partes, quando?
sempre, agora,amanhã?
se voltas?
Sabes tu? eu não sei?

Aqui,
permanece como sempre
espero que passes
passo contigo
uma e outra vez...
Aqui é lá,
Para o eu que te aguarda....


Arde, doce e crespo o leve sonho de me sentir mulher quando ficas aqui!!
18
Mar08

sem dormir

Carolina
Sobressaltos, espalho nos lençóis embora vazios, angustias que não sei explicar.
Tomada por um formigueiro febril que não larga os músculos do meu corpo, canso-me em voltas que não terminam, e tento dominar o sono que não chega com forças que não tenho, pouco sono que me rodeia, sem me deixar dirigir para o mundo dos meus devaneios pequeninos.
Sinto-me em pânico, o ar não chega aos pulmões, tenho em mim a leve sensação claustrofóbica, fico aterrorizada com medo de cair num fosso que de não anseio chegada.
Insónia, ou então não sei, sinto as horas a passar, rectificada na minha cama, sem movimentos viáveis e só voltas desconectadas e soltas de mim, desprovidas de real vontade e acolhidas numa noite estranha.
Num acto só, levanto-me abro a janela, sinto uma leva brisa estranhamente quente, e arrepio-me, sinto vontade de me aconchegar entre o macio do lençol, e mesmo  assim o sono não chega . Nas voltas que recomeçam já deitada uma outra vez, olho o tecto e ouço todos os sons da noite, estranhamente não consigo pensar em nada, estou oca e vazia, e sem sono...Insónias que me consomem e me tiram as forças noite fora e dia a dentro...
Não espero mais, só dormir, mesmo que saiba que sem ar vou andar perdida, entre as questões e dúvidas do costume, ando e não passo dali, o sono é assim estranho, como estranha esta vontade que tenho em dormir de tanta  dificuldade que carrego em operacionalizá-la.
Cada noite destas é uma batalha, umas vezes longa espiralizada e lânguida como muito do que partilho por aí comigo mesma. Perdida na insónia como sempre dissimulada em tempo nenhum, pois o tempo nestas noites não ousa aparecer para passar, ou melhor, cansa por não passar dali, daquele sofrimento e falta de solução. Não dormir, não dormir consome, não dormir destrói e não renova, abre o fosso e torna-o maior, o fosso que separa a noite do dia, o escuro da luz... e eu ali, passando e repassando nada mais  sou que vitima do formigueiro muscular, da inercia mental que teimosa não quer deixar-me dormir...passo a noite assim acordada, vitima de mim...

#PassaporLá
18
Mar08

Lustro

Carolina
Lustro e névoa, assombro e desespero...ou noutras vezes nada de todas as coisas pensadas, ditas, faladas, vagas, escritas...Eu e o eternos adjectivos que tudo escondem!!
Deixei de fugir, parei rumo ao encontro do que surgir, flutuo na água de nada, mas ainda assim flutuo. Flutuarei agora, e depois? depois tiras a tampa e a água se vai, caio assim de chapa, parto talvez pelo meio, talvez em pedaços, talvez sem arranjo!!
Veem e voltam as horas, veem e voltam os trapos que as envolvem, os segredos e as gargalhadas mudas, tão nossas. Veem e voam as coisas e nós ali, no alheio.
Eu pequema, mais pequena que nunca sou no destoado do mundo maior, pelos, por e nos instantes que roubas ao teu mundo. Ainda assim suspiro, milhares de vezes em milhares de espaços de tempo que cruzam os ultimos dias, ainda assim engrandeço um pouco mais, saio do chão habitual e vejo mais além, mais um pouco, com mais cor, naquele pedaço de tempo assim...Penso que não mereço, penso que sou tao pouco, penso que és demais, e mesmo assim fico assim...capaz de ficar, com vontade de ficar, presa no olhar...
Pedaço de tempo assim...assim de sal, assim sem espaço, assim sem repetição, assim de rever por mim algures no futuro próximo que se aproxima com passos mais largos que os largos habituais.
E os lustros que acendem e apagam, sempre se vão, partem, avariam, estilhaçam e me mostram que as minhas mãos são pouco delicadas para tomá-los entre elas, merecem velas que acendem e apagam com o sopro efegante da minha respiração descontroloda e pouco comedida, e mesmo essas com reticência, pois devem ser simples e rudes, para que não as fine, corroa e destrua com o meu dom natural de não ser brilhante, fina e luzente com o cristal, como as estrelas, mais a força que habita nelas.
Lustro para mim? não, eu não sou de luz, nem para a luz!!
Lustro e nevoeiro intenso, ele chega e debruça-se junto a nós, envolve-nos, leva o frio, volta a trazê-lo, quando o trás recorda-me sempre da minha pequenez, e faz-me sentir ainda mais teu calor, mostrando-me que depois se vai, e depois faz falta para abrigar do frio que continua e não passa.
Lustro de medo que nao tenho, ou terei? lustro de pano de seda que não sinto...afinal minha pele não merece seda, não merece escorregar e ficar ali envolvida nela. O meu caminho é quase algodão...só quase, porque o puro não mereço, para ele não chego...
Lustro de mim, nele vaguei-o, não penetro, suporto e não entro...
Lustro sem palavras mais porque tudo fica dito e carregado a negrito, no silêncio que nos acompanha, silêncio esse que é a calma deste meu mundo pequeno,onde mais pequena eu sou, que é de tudo e de todos, o lustro que mais sinto falta e entre tudo o que melhor me completa. Silencio em que me descubro em que me vejo longe de ver-me e em que me dou...silencio que pendurava no lustro por eternos momentos, silêncio que sem querer me mostra que há companhia na solidão e palavras na imensidao das moleculas do ar que nao vemos e respiramos.
Lustro de silêncio, que amarrava aqui, agora...até me embalar e adormecer...Silêncio que me mostra o melhor do mais pequeno que há em mim...que é simplesmente o prazer e recompensa de num instante, mesmo que breve, ainda que pequeno, poder estar assim, ali...
18
Mar08

pequeno apontamento

Carolina
...Nem uma pessoa tão estranha como tu, com toda a vontade imaginada, quebrará as amarras que estão em ti, se tu mesmo não as quiseres quebrar, pois só a tua vontade te mostrará de novo o quão simples é alguém estranho como tu, que na subtileza de ser como é, pode ainda ser também para ti!!
10
Mar08

Eternamente

Carolina
Nada dura para sempre, nem para os teimosos que julgam que o sofrimento é constante, ou que a alegria é eterna, nada é pelo, por e para o infinito, nada é nada toda uma vida, nem tudo é sempre tudo para o tempo mais curto da existência humana.
muitas vezes poderá ser pouco, não sempre mas muitas vezes, quase nuca poderá ser sempre, não sempre mas quase nunca...
A eternidade nunca compensa, as palavras não se prelongam como imaginamos e os momentos fogem mesmo quando os agarramos com todas as forças, ou com toda a força nos agarramos há existência do que já foram, eram, são...
Os perfeitos mais errados de sempre, são talvez os pontos que três a três se juntam para nos dar a ideia continua de prelongamento rumo ao horizonte, que tal qual a eternidade não passam de miragens, seja lá elas o que o seu siginificadio dúbio queira que elas sejam.
Até os verbos mais ou menos complexos na sua forma, directso na acção a descrever se trocam e tropeçam no tempos, no qu eé agora, no que foi ainda agora, lá atrás, quase lá trás e mais ou menos lá à frente...
Nada vezes nada será sempre nada, bem como a somo de duas coisas enexistentes, nada é perfeito, mas nada não existe, nada não ode ser para sempre, porque simplesmente nada não pode ser!! Jamias será, nunca o foi!! Assim se tropeça no tempo a pensar. assim se acredita que tudo poderá durar, por certo até ao fim...Fim que depois de nada pode ser já ali, ainda agora ou lá atrás no momento em que eu o pensei escrever.
Depois no eterno risco de achar e sentir para sempre cozem-se linhas tortas, pois direitas de ,mais partem com o sol, descoloram com a chuva e voam com as tempestades de vento e granizo... estará tudo dito ao contrário?
Não!! Claro que não, afinal nada é para sempre certo!! Nada por nada será um avida toda...será que somos para sempre, será que de semenet voltamos a semente e assim sempre eternos...será que acreditamso no que no semeia, ou vicvemos porque afinal no slaimentamos em tudo e de tudo para io nosso sempre?
Não sei, jamais saberei...sempre e sempre enerva, sempre e sempre destrói, sempre e sempre possui, corroi..sempre e sempre não há, não dá, não serve...sempre e sempre devora, dfrena as veias do nosso corpo e não as trás de volta.
Até os teimosos o deixam de ser, até a dor passa, até o amargo gosto do fel muda no paladar... e assim é, por muito que se diga que é mais forte, que será para sempre.
Eascreves histórias sem fim? Contas segredos sem inicio, consegues ver para dentro de ti, sabes o que aconteceu atrás do tempo da tu aexistência e da existência dos teus...sabes porque não dormis-te há 20 anos atrás naquela noite de verão, lembras-te da cor da tua roupa, do cheiro da tua mãe a aconchegar-te?!!!
As memórias acabam por nos deixar, por mim vontade que tenhamos de estar eternamnete com elas, os sonhos repetem-se mas não para sempre, as vontades renovam-se dia ap
os dia de formas diferentes, para que eternamente não fiquem perdidas....
E eu? E tu? E nós?! Mais o eles e o vós...
Vamos sendo, vivendo, caminhando e fazendo tudo e tudo que acaba, que não volta, que não predura, vamos vivendo eternamente horas, minutos, segundos e dias...esperando somente pelos próximos, os que vão chegar, os que estã para vir...e o mais eterno de tudo é que esperamos sem saber porque...mas sabemos que vamos esperar...Gostamos da espera, do eterno nada que há dentro dela...
Assim vamos passando por lá...conscientes de que estamos ali parados e é sempre tudo que passa por nós....

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