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Passa Por Lá

Passa Por Lá

21
Ago07

O maior Urso que conheço, Tu...

Carolina
A estupidez petrifica-me quando ouso pensar diferente, quando ouso por momentos vislumbrar mesmo que na penumbra, um nós diferente, ou simplesmente um nós.
Não enjoo de ti, não enjoo teu corpo, não enjoo o cheiro que se cola no meu corpo e reconheço nas distâncias e me fala de ti, quando nunca estás. Não nego a força da atracção, o poder do corpo, a paixão borbulhante que me faz esquecer de mim, das angústias e das dores, das ressacas e dos pesadelos, das insónias acompanhadas de aridos pensamentos, onde te afastas, te perdes e como fogo de dás e consomes num campo quente diferente, que não o meu.
Enjoa-me a tua premiscuidade, não a que partilhas comigo, mas aquela que usas e nunca deixas de lado quando tens e sabes que tens uma mulher a sentir por perto. Enjoa-me cada palavra que dizes e em que podia acreditar e enjoa-me por já não poder ouvir e sentir o seu significado.
Para ti sou carne, para ti sou eu, tudo e tudo, menos o resto, menos o traço que em copola se podia diluir em ti.
Talvez porque tenho de crescer, talvez porque o meu coração não pode parar de cada vez que eu quero, não pode parar porque tu existes, porque mais ou menos assumidamente te espero, porque vagamente até podia ser bom esperar-te...por tudo isto e por nada disto tenho de olhar em frente, sentir a serio quem me quer sentir, envolver-me como tu envolves, bater com a cabeça e com o coração, deixar que me amem e retribuir com amor. Sou mulher, posso sentir esse amor, e posso acima de tudo dar um pouco dele a quem o queira..talvez por isso, Tu o maior urso que hoje conheço, tenha que ibernar, ibernar em mim, ou de mim, ibernar, para que eu possa respirar... O urso que só me come, pode muito bem, continuar a comer outro peixe, porque hoje apetece-me migrar para outro mar..
Talvez um dia saias da gruta, talvez um dia, eu seja mais que peixe, talvez esse dia nunca chegue, e na volta passe a chegar tarde demais...
Não posso esperar um urso, quando ele diz ao mundo que não há espaço para mim na sua caverna...
Mesmo urso, és o que és, só que doi demais lamber as tuas feridas, ocupar o meu colo contigo, e saber que logo a segui, no dia qu chega, volto a ser pouco mais que um peixe, e doi saber, sempre a passar por lá, eu te consigo ver sempre mais que O maior Urso que conheço...
17
Ago07

Afoga-te

Carolina
Assumo a minhã fraqueza...a minha desistência... o meu medo...mas não posso tirar alguem do poço em que se afunda, quando é seu desejo assumido afundar-se e afogar-se ali...
Sendo assim enquanto eu passo e volto a passar...resta-me desejar que te tortures com prazer quando os teus pulmões afogados como tu quiserem renascer e tu, mais uma vez lhe negares esse renascer, na ilusão de que afogado és sempre melhor...mesmo que tão e somente como recordação.
Continua então, e afoga-te... depois de afogado certamente quem tanto te lembra, irá querer (talvez em vão, talvez não) esquecer-te.
15
Ago07

Sente (s)

Carolina
Sente e não quer, sente e não quer saber, sente e sabe que não pode, sabe que sente que não sentir é melhor para que não sinta demais...
Sentes e escondes...
Ganhas, sem saberes e sentires que sim...
Sinto e sei que o sentir é demasiado para mim, é muito tremulo esse ser sentido, porque afinal o meu autodominio continua aqui, perto do que sou e não quero deixar de o ter...
Um dia qualquer nestas manhãs que chegam com a névoa que se sente, sei que vou sentir a doer, que este emaranhado se espiraliza e aí já vou estar perdida e perto do tudo que sinto e escondo do que se sente...
Confuso como eu, perdido, entranhado, espelhado, espalhado, difuso, e tudo meu...tudo o que crio nas paredes, construo nas portas e teimo eu colar às janelas...
Na infinita possibilidade de tal acontecer, parece que teimosamente acaba por acontecer, sei lá como e porquê, sei lá que será ou é, não domino o que vem e vai, e se enconde, não escondo porque não o deixo mostrar-se, não o mostro porque não quero senti-lo, até lá, voo e voo, continuo a planar na minha roda de fogo, onde rasgo e queimo, onde toco troco, onde me envolvo e me deixo seguir pelas linhas do físico quente que mal ou bem me acolhe, me emaranha mais e me vai dizendo que me ama...
Já nem esse amor sei como é, essa paixão que está lá, que sei que tá...acaba por me distanciar mais de mim, levar-me p longe do que se sente cá dentro, melhor dentro de mim..já ne o fado do encontro que sussurro quando estamos juntos e me mostra que tu és tu, para o tu que eu sou, me chega, me acalma, porque o nosso fado é sempre esse o do encontro e quando há encontro, não há permanência...
Estou aqui, será que alguem sente...
Estou aqui, será que tu, não o primeiro, mas o tu outro, está aqui em mim também...
Estou aqui, será que sente(s)??
Estou assim...sentindo como sempre, neste instante sentindo mais, neste instante com mais borbulhantes ansiedades...
Na volta, em mais uma volta desta passagem, estou aqui, como sempre a passar por mim, na volta do passa por lá, estou em mim...sinto...sente(s)...

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