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Jul07
a resposta..
Carolina
Tonta...entre o dissimulado ar que me deixa inconstante e estranha dentro das minhas entranhas, entre o doce que habita o amargo de que me rodeio, e um pouco ácida como o sumo do limão que sugo aos caminhos, daí, esses daí de fora...
Tropeçando, escorregando, quase a cair da ponta do salto dos meus sapatos,(aqueles qu emostram os meus dedos de pontas coloridas a condizer com as mãos), procurando não pisar os limites das pedras desta calçada moderna, só típica das ruas de agora, caminho, corro, marcho, deambulo e paro em contemplação ao nada, procurando encontrar a resposta.
Resposta que não vem, não chega, nem passa por mim, resposta que continua incerta da pergunta, mas que vai caminhando certa da necessidade de encontrar a ponte de saída para uma explicação.
Enfim, não me sinto assim eu, tento disfarçar, e esconder que não me encontro na perfeita harmonia com o eu que sou e no fundo, carrego um eu estranho aqui, cá dentro, no meio do nada que eu sou...
Depois, buscando esta resposta, descubro tantas, pontas de nada, repletas de tantas perguntas, descubro que estás ali, descubro sim, que por lá te ponho a passar, e quem diria que assim é. No limite mais estranho de tempo, que eu própria analiso ou consigo analisar em mim, entraste, voltando atrás, não sei bem quando é que foi, bem me pergunto, mas é outra resposta que tarda em ser encontrada.
Estranha a tua chegada, mas muito muito muito mais estranha a tua constância, o teu não ir para fora de mim,o meu eu a alimentar o teu ficar que não fica, e continuo longe de perceber, porque eu te deixo permanecer ali, se afinal somos tão próximos mas por isso tão distantes, somos tão similares e por isso tão singulares, que não passamos pela cabeça um do outro, (ou então cabei de mentir).
Estranho não entender? não!! Normal...O contexto é que é dispar de todos os outros, porque tudo o faz assim, porque vou tropençando no que não consigo ver com a clareza de uma luz limpída embora acutilante, porque és diferente, porque eu sou teimosamente diferente, tão teimosa que me repito a toda a hora na palavra parede que nunca escrevemos claramente juntos...
Teimosa em procurar esta resposta que claramente não tem solução, embora seja de resposta simples, a resposta que agora não quero ouvir, que procuro não ter para não ter que sentir e definir depois...
Até lá,até ao ponto em que as letras se juntam para alinhar essa resposta, vou andando assim, na iminência da ausência e na espera redundante, de um saber que passas muito longe daqui, embora já tenhas pensado passas por cá, vou andando assim incerta de tudo e certa que neste encontro desencontrado com a resposta que alimento na fuga, me deixas assim... esquisita comigo mesma, me deixas assim ...baralhada...