23
Nov06
Mais uma vez, eu e o nunca...
Carolina
O nunca é assim, é assim quase como eu, aparece quando nunca se espera, vai-se depressa ou devagar e fica quase sempre estilhaço na sua perene passagem. O nunca é como o vento, sempre passa, sempre volta.
O nunca abraça-nos quando não queremos e quando não imaginavamos sequer que ele, audaz e maquiavelico poderia chegar...o nunca ás vezes é desumano, e eu , serei também?
O nunca é também como tu, sim, tu que fumas o vento que corre atrás de ti, tu que nunca estás mas nunca me deixas, tu que nunca estiveste, mas sempre marcas um pano que não é teu, que nunca queres, mas que nunca vais querer ver-me nas mãos de alguém...
Tu, eu e o nunca, a trsiteza ou não, de ser melhor, de ser pior, de nunca ser, tu nós e o nada que nunca é tudo, que nunca se apaga, que nunca passa de nunca...
Eu e mais uma vez o nunca, esta palavra que transformo em quase tudo o que quero, que consegue em mim ser som, musica, deixa de teatro, voz de qualquer tu...e eu o nunca e a minha forma teimosa de brincar com ele, de lhe dizer que ás vezes é mais sempre que o sol, mais sempre que o tempo...e eu, o eu nunca, eu e esta mania que tenho de nunca dizer que desisto, de nunca dizer que destruo, de nunca dizer que de uma vez parto...eu, e o eu nunca e, este nunca que me diz para jamais me transformar nesse nunca que desiste de te ver passar...
(confuso??...o nunca é assim....pelo menos para mim...)