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Passa Por Lá

Passa Por Lá

22
Out06

Queria escutar-te...

Carolina
Queria escutar-te, ouvir fosse o que fosse...
Preferia que numa noite qualquer me encostasses na parede, e me fizesses o teste de uma vez, preferia que fosse desejo, daquele que enceideia tudo, mesmo quJustify Fulle depois se apague...
preferia tocar-te de uma vez, mas com as mãos, deixar que o arrepio fosse sentido, simplesmente fosse, assim como eu sou, assim como tu és...
Preciso de escutar, para andar para a frente, com rumo, levar o barco a um porto, sem que para isso tenha de perder o mapa...
Eu sei, e nós sabemos que também sabes, o que afinal significa ser especial na vida de alguém, e que esse especial aumenta quando simplesmente acontece, aparece, surge...
O teu sabor é bom, e nunca o provei, o teu colo é doce, mas nunca o tive, e parece que tu és assim cá dentro, assim vais ficar, mesmo que tenha de fugir, e se tiver de levar comigo nesta fuga, algo, levo o pouco que tenho de ti, que talvez nunca saibas, como é tanto, porque talvez nunca entendas o que sou, como sou, e o que trago comigo...não porque não queiras, não porque não consigas, mas porque sentes que não faz parte do que queres para ti...
Se for assim... vai, segue, e avisa-me, que afinal, não vais passar por lá...
Até fugir, até ficar, queria escutar-te...
22
Out06

...

Carolina
Estás no teu mundo, crias a cada dia, o que vens há muito criando, consegues ter definida uma linha tua que te vai levando. Assumes-te, aceitas-te e vais fazendo a gestão do que por vezes dentro de ti, acaba por ser dificil de conter e controlar.
És um eu dinâmico, forte de aspecto e que se sabe colocar na vida comum e social de tantos outros.
Tens uma história tua, onde cabem os ensinamentos, os medos e tantos momentos que acabaram por te dar o cunho dessa personalidade tua.
A menina que cresce ao sabor do tempo, está ali, mais idependente, mais sua no fundo, contornou aquela fase onde sempre se pisa o eu, ganhou força e domou aquelas asas rebeldes. Olha-se ao espelho e gosta do que vê, o que tem faz sorrir seu rosto, dá-lhe a sua imagem mista, o animo todas as manhãs, para fazer o que gosta e viver de improviso o tanto que quer saber controlar, para não cair...para não sofrer!
O linear do que digo, nem sempre acontece, o linear do que escrevo, não é sempre assim..porque sem esperar tudo gira, tupo espiraliza e fica assim como que um qualquer pano enrudilhado.p
Agora, hoje, talvez teja a tentar encontrar-me, e a encontrar a maneira de verbalizar o que quero que saibas...
Sabes, apesar de tudo, e tantas marcas e vincos neste pano, sei que o que passo agora, que é unico, diferente, enrudilhado, confuso, estilhaçado, e que acabou por me transformar neste pedaço meio inerte, meio melancolico, meio triste e muito perdido, vai valer a apena...
Mas não quero mais que me roubem este meio estado de estar, mesmo mais sozinha, independente, quero sempre a olhar de frente para o caminho, sempre a trilhar as pontes e a passar de margem para margem...
Sei que está na hora de acordar, deixar a almofada e procurar colo no tempo, já que mais ninguém me vai dar esse calor...está na hora de retomar o caminho da menina que sempre se agarra ao que lhe chega no caminho, e caminha assim, fazendo do que tem entre mãos o melhor que conheçe, sente e saboreia, tá na hora de seguir em frente, espreitando porém...não vá ainda, a tempo, passar alguém por lá...
21
Out06

volta(s)

Carolina
Há garrafas de água pelo chão, estão vazias, assim, deitados desajeitadamente, dois passos à frente a tua camisa, amarrotada, caída ali, e o resto não vejo, está perdido, entre a roupa que eu não tinha e aquele lençol arrancado da minha, daquela minha cama…
Estás ali há tantos dias, há tantas noites, há luz no quarto, as frestas daquela janela estão assim para nos mostrarem que o tempo não pára, que chove, que faz sol, que cai mais uma noite…a cortina está aberta e nada filtra…
Entre as voltas de um qualquer lado dali, estão ainda as paredes, ou melhor aquela, onde consegues colar-me e colar-te a mim, aquela que me deixa ver o sol, mesmo quando me esconde o teu rosto, aquela que me dá o calor abrasador e todos aqueles arrepios de frio, enquanto estou ali de mãos presas nas tuas e entre um dois que me faz sentir um…
Voltamos ali, quando arrefece, trocamos umas palavras e ficamos encostados aquele tempo que para nós não passa o lençol enrola o que é nosso e não precisa de mais nada para existir em pleno, mandas-me calar, obrigas-me a calar, aliás calas-me, e depois tudo se repete, ao mesmo tempo que é diferente…
Tudo isto porque sabemos que quando apanhares aquela camisa, quando as garrafas voltarem a ter água, quando fechar a cortina e subir o estore, quando dermos todas as voltas,vai haver o amanha que não queremos, o amanha depois do momento em que finalmente passámos por lá… e que depois nos volta a deixar…longe…longe da passagem!porque depois sabes que não voltas...
20
Out06

Fácil de entender

Carolina
Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós
Sei lá o que queres dizer, Despedir-me de ti,
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei, o que é sentir, e por falar falei,
pensei que se falasse era mais facil de entender

Talvez por não saber falar de cor, imaginei
triste é o virar de costas, o ultimo adeus,
sabe deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim
tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
se ao menos tudo fosse igual a ti....

The Gift


porque ha pedaços de coisas que os outros dizem e escrevem que parecem nossos, aqui está, o que não é facil de entender, mas está cá dentro, onde cada vez mais se sabe que a espera vai ser longa, dura e quem sabe vã...
talvez assim, nas palavras dos outros finalmente se perceba que não sei ser um maquina, que não tenho botões a despertar o que sinto, e que simplesmente vivo, erro, respiro, deixo arrepiar aminha pele, com o desejo, com o medo, e assumo assim... assumo a fragilidade da minha imperfeição e de tudo o que agora me deixa ainda mais quebradiça, este tudo que sem entender chegou no inesperado e aqui está...entre a passagem que nao chega...
obrigada por um dia teres visto o que sou....mas só vou descançar no dia em que sentires o que estás a ver, sim, sem cotares tudo o que digo, respondo...a vida não é um teste, a vida é... e nada mais, é imaginar... e não é facil entender!
"eu já não sei.... se por falar, falei...pensei que se falasse era mais facil de entender"...só isso!
passa por lá...
18
Out06

Azar

Carolina
O meu azar é assim, tal qual como qualquer sorte, porque é o tempo em que existo em que sou...
Embora birrenta, mimada, irritada, com todo o meu rosto e esta expressão a demostrar este meio conflito interior, ali estou pronta para as contrariedades, ali estou com o mimo à flor da pele, em busca de uma qualquer calma, venha ela daqui, de além ou de ti. Venha ela na chuva que cai, na trovoada que ouço, e não me referi só aos trovões que estão cá dentro, mas também a todos os que se fazem no céu lá fora.
Sabes, é estranho, mais uma vez tenho de dizer que é, hoje o mundo parece diferente e mau para mim, o mais menina do que sou, sente-se mal, prestes a fazer uma daquelas birras de supermercado, em bussa do doce qu eme vai acalmar, e mesmo assim tenho espaço dentro de mim a procurar-te, a querer-te, não só para te mostrar o meu sorriso, o meu ser mais adulto, o melhor de mim... estou outra vez assim , meio despida, deixei o casaco perdido por ai, e estou assim, diante dos teus olhos, que vou pedindo para que me vejam...estou eu agora a pedir colo, amparo, a pedir o teu abarço...
Sei que não devia pedir nada, não devia ser assim, devia estar aqui com o meu colo e o meu peito à espera que viesses trazer-lhes calor, devia estar pronta para te ouvir, acalmar, e eu sei que estou, mas hoje, neste azar, que nada mais é que o simples girar desta minha vida quotidiana, quis ter-te presente, estiveste aqui, quis buscar-te para te mostrar este meu pior, este ,meu infantil jeito de ser menina de birra e amuo, de mimo e mais mimo...porque eu também sou assim e porque quero muito que passes por lá..
13
Out06

manhã...

Carolina
Quando se consegue pousar sobre a almofada e adormecer, as manhãs são mais calmas, mais leves, mais manhãs...
O sono de ontem recuperou-me desta assumida instalibildade que me andava a deixar entre o escorrega e o baloiço, entre o que sentir e o que fazer...
Simplemente posso até ter perdido o que chegava assim, e ficava, posso ter perdido ainda mais, mas acima de qualquer perda, perdi o angustia ou sufoco de só guardar e nada dizer, estou mais leve, mais solta, mais capaz, estou outra vez neste caminho, estou cá desde esta manhã, mas desta vez sou mais eu...estou aqui, e quem sabe não passo por lá...
12
Out06

...

Carolina
...não me apetece dizer nada, apetece ficar ali, no vazio, eu e o silêncio, juntos, no ainda branco espaço que somos ...aguardando o teu olhar, a tua chegada...a tua passagem...
11
Out06

espera de hoje...

Carolina
Espero um dia contar-te esta história, sob o olhar que tenho dela...
Espero um dia contar-te sem medo como a vivi, como a fui saboreando entre os medos e as diferenças, espero um dia não só estar bem, como estar melhor, melhor para dizer, melhor para contar, melhor para chegar ao fim deste teste estranho com o meu resultado e não o teu...
Se pudesse pedir, dizia-te, não faças assim ,pelo menos sem me olhares, não me tires o chão só para me ver reagir, porque sofro igual, penso igual, como se tudo fosse serio, não tapes os teus olhos de forma a que eu não os veja com o superfulo de um existência que está para lá da nossa...
Só quero que sejas tu, com os pedaços do teu melhor e também os do teu pior, assim sendo serei capaz de te ver sempre, mesmo quando não estás, mesmo quando estás além, no mundo de um tu que não conheço, num mundo de um nada para mim, mas que está ali, prestes a ser vivido por ti...
Não me dês noticias de qualquer tu, porque a indifernça de todos esses que não conheço, ás vezes são como alfinetes pregados no meu peito, que doem, que picam...dá-me noticias tuas, do que é teu, do que te move, do que te faz ser mais, ser maior, do que te faz ser o teu próprio eu...
E para ti, há sempre tempo, há sempre espaço, há sempre um caminho, estejas só, acompanhado, estejas ali, aqui ou até mesmo além, sabes que podes sempre entrar...por isso passa por lá...não agora, não ontem e nem sequer amanhã....mas sim, quando achares que deves...
10
Out06

palavras

Carolina
Nem sempre encontramos as palavras certas para dizer as coisas, nem sempre as coisas conseguem sair nas palavras, e muitas vezes os momentos deixam-nos assim mudas, prestes a estourar, um pouco de raiva, um pouco de revolta, um pouco de medo, um pouco de sofrimento e um pouco muito de nós a pedir para dar a volta por cima... naquele espaço onde alguém sem se aperceber nos leva ao chão e logo depois, também nos vem tirá-lo...
Sei que nao tenho muito a perder, mas que posso e tenho muito para dar, sei que um dia destes encontro-me com as certas palavras e depois, como quem sempre desafia o desafio,vou ser eu própria, a menina, a miuda pequena, a mulher, a querer, a andar em frente e em vez de pedir como sempre, resolve, enfrenta, olha nos olhos, fala, diz, e claro...passa por lá...
09
Out06

Pincesa...

Carolina
Era uma vez uma pincesa que vivia no seu castelo imaginário, imaginando a chegada do seu encantado pincepe…
Até que um dia descobriu que nesta vida não existem pincepes…mas pessoas com quem nos sentimos bem e é com elas se vai construindo o tal castelo…
Passo a passo vão-se criando as paredes da pincesa…até que um dia o castelo fica prontinho, e por lá dois alguéns viveram felizes o eterno momento...
ja que nada e para sempre...
(Helder)

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