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Passa Por Lá

Passa Por Lá

29
Abr06

Uma forma de ser, eu!

Carolina

Na forma diferente de seres tu,
Na doçura de um magoar intenso
Fui ficando doente...
Sim, foi ao analisar,
Ao impor no meu mais profundo id
Uma pulsão dinâmica
que o meu ego se recusou esquecer (-te).
És muito mais que olhar o espelho.
És o descobrir dia após dia,
Que a noite é tão fria
Como quente é o teu peito;
Que a alegria positiva de respirar
é a forma inata de uma mutação constante,
que o circulo completa o passado...
e tudo mais.
Hoje estou doente,
Pois foi no ébrio mais louco
de tudo o que me habita
que descobri...
És senão mais que o sintoma de uma dor
E a cura de uma doença...
que vou tendo eternamente.
No entanto, 
esta minha enfermidade
e chaga intensa,
foi a simples descoberta 
De me sentir - Amada!!
Para vires então curar-me da paixão
Tu, que és outro,
Terás de olhos abertos
Apertar teu coração, tocares o meu
E simplesmente pelo que sou...
Dizeres: "amo-te"...
 
 
16
Abr06

Ainda vou ganhar...

Carolina
Um dia, quem sabe, agora, já, ainda ganho, ainda vou ganhar, ainda consigo...
Umas vezes parece tão possivel, tantas quantas me parece impensavel...umas vezes parece que se virar a minha cabeça, um pouco que seja, vou ter nas mãos o que quero ganhar, mas outras aparecem muros, montanhas, todo o tipo de barreiras, e fica lá muito distante o que almejo para mim...
Confesso, não sei o caminha até lá, mas gostava de o saber, não assim, de um instante para o outro, mas devagar, devagarinho, para sentir o gosto de cada descoberta, gostava que o tempo fosse uma escola, pronta a ensinar-me como ganhar, como chegar e conseguir...
Acredita, quando falo em ganhar, não me refiro, ao que se obtém para beneficio exclusivo, queria ganhar, sim, mas para poder partilhar, todas, aquelas coisas que só partilhadas fazem sentido...queria ganhar para dar, o pouco e o muito, o melhor, mas também o pior de mim, queria ganhar, para sonhar, rir e chorar, para me entregar em alguns momentos de cabeça e noutros me fechar no que é só meu, e do qual nunca consigo abdicar!
Um Dia, quem sabe, ainda vou ganhar...não tenho pensado muito nisso, mas hoje, mais que nunca pensei. Não vou, começar agora a questionar porque isto está a acontecer, não vou parar o tempo, a vida e os meus dias, procurando as razões, correndo o risco de encontrar angústias pelo caminho....não me vou entregar a uma caminho sinuoso, só porque hoje sonhei ganhar...
Talvez um dia ganhe, talvez um dia, te ganhe, um dia, quem sabe, ainda vou ganhar, e aí, não sou eu, nem tu, é a vitória, mas não a minha, que Passa Por Lá...
14
Abr06

As flores de plástico não morrem.

Carolina
 
As flores de plástico não morrem, não secam, não murcham.
Mas também não cheiram, não respiram, não pedem de beber, não vivem.

As flores de plástico serão eternas? Não sei, ao eterno não se responde. 
As flores de plástico, são assim plástico, podes tê-las onde quiseres, levá-las contigo, elas não mudam, não desabrocham, não ganham, mas também não perdem. 

São simples demais, ou talvez complexas, um misto de beleza duradoura, ânsia do seu eterno esplendor, com o pó que fica sobre elas!
- Se olhares sempre para elas, não ficarás cansado?
- Se elas forem sempre plástico, não deixaram de ser flores para ser mero objecto de adorno de outra beleza qualquer? 

As flores de plástico, lembram-me um "Tu" que conheço, mora e vive por aí.  Um tu que nunca vai a lado nenhum, um tu  nunca perco, mas Também nunca o tenho...
Ás vezes o meu eu cruza-se com ele, é perfeito e rápido, olhamos para o que é, que ali fica, e não passa dali, como o plástico das flores que não morrem. Pelo menos até ao dia em que as tiramos do seu lugar, se partem, as colocamos no armário ou até mesmo no lixo.

Depois, olho pela janela e vejo flores, muitas flores em todos os lugares, por ali e por aqui, e  também por lá. Sinto cheiros doces e muito fortes, brisas florais que o vento traz, vejo flores, frágeis ao toque, leves e frescas,, vivas, esqueço o plástico, e gira a vida em ciclo normal, a das flores e a minha.
Entre a dinâmica dos dias e a simplicidade das lembranças, há flores a nascer.
Como serão as flores daquele lugar, como serias tu, se não me fizesses lembrar as flores de plástico, como serias tu, se olhasse em teus olhos e mostrasse o que eu, realmente vejo, como serias tu, e a tua imagem, não a do presente, mas, aquela que talvez pudesses ser  na ousadia de outro tempo qualquer? 

#PassaPorLá
 
 
 
10
Abr06

De mansinho!

Carolina

Voltou… pisou levemente este ar que respiro, eu senti!
Foi estranho, um doce amargo, um pesadelo meio sonho inquieto mas calmo.
Tanta ausência me fez estranhar a sua presente presença…
Porquê agora?
Agora que o meu mundo anda louco de um lado para o outro, na incerteza de ter onde pousar, agora que tenho de deixar as minhas asas pousar não onde melhor estaria, mas de certo onde vou estar melhor? Porquê?
Tanto tempo, sim um tempo imenso, tiveste todo ele, para ir, voltar e regressar, e eu por lá, nunca te assombrei!
Não sei que dizer, muito menos o que pensar. Não sei as razões, e confesso que me custa a acreditar que tenhas sido mesmo tu. Não por que a sombra não me parecesse tua, mas porque os meus olhos estavam há muito desenganados, da tua passagem real por lá, e viviam nas margens de uma utopia na iminência de acontecer, só no mundo do sonho!!!
Acho melhor não fazer perguntas, não dizer muito mais do que já disse. Afinal pisaste o chão tão de mansinho, que não quero partir algo que poderá ser frágil. Não sei bem o que posso eu querer agora, mas se soubesse não o diria hoje…
O que vou fazer, por este tempo que se avizinha, é retomar uma velha rotina, vou voltar à caminhada, mas vou começar de mansinho, não quero assustar.
Quem sabe não ganha coragem, e mais ou menos de mansinho, regressa e “Passa Por Lá…”



10
Abr06

...

Carolina
Esquecer não é apagar…
Apagar não é deixar para trás…
Deixar para trás não é seguir em frente…

Querer por querer não faz sentido…
Não faz sentido esquecer o que se quer lembrar…
Lembrar dói, quando não chega para viver…

Viver é tudo,
Mesmo que o sol não brilhe,
Mesmo que caia do céu um abismo de nuvens negras…

Viver sou eu…
E eu, sou a soma de um nada com um tudo…
Sou o produto do que há para esquecer,
Mais o que há para apagar,
O que há para deixar para trás…
Sou aquilo que quero, mais o que quero lembrar…
Sou o que me faz doer…
Mas sou mais,
Sou ainda o que me faz seguir em frente!
01
Abr06

Apaixonada eu?!!!...

Carolina

Num dia qualquer, para ser sincera, sei qual, mas não me apetece lembrar ,com certeza, qual foi, surgiu o assunto...
Não dei conta de ele vir à tona, ou se dei, mergulhei de cabeça no mar que me rodeva e escondi-me no momento...
Não sei se perguntaste, ou se simplesmente afirmaste, mas foste dizendo como quem dizia um natural bom dia...que eu estava apaixonada...
Foste dizendo e mudando aquele agora...que estava tão bem...
Não importa o que eu disse, nem a resposta que eu dei...
O que realmente importa, é que depois...tudo mudou.
O minha expressão, o meu humor, o meu sorriso, e tu, até tu mudaste...
Fiquei parada, sentia o tempo a andar e eu ali estagnada, não passava por nada, e não deixava nada passar por mim. Os sonhos, nem esses voltaram a acontecer, afinal, na minha cabeça instalou-se o baralho da confusão, do tumulto, não senti que fosse por tudo, mas sim pelo nada.
Aquela palavra, simples, fez-me pensar tanto...fez-me sentir revoltada, estranha comigo, de mal com o mundo, irritada com o que vejo ao espelho, ou melhor com o que ele não mostra.
Será crime, não me querer sentir apaixonda? Negar a mim esse sentir?
Eu sempre vou acreditar no amor...Mas,agora, porquê agora(?)....Agora não!
Parei já algum tempo, a caminhada até lá, ao meu lugar, criado e desejado por mim, pelo que sou, pelos meus sentimentos. Disse a mim mesma que não, que não quero os sentimentos a emergir agora, neste pedaço de tempo em que realmente vivo, nesta data da minha existência... Lá no fundo sei que não controlo tudo e muito menos o que não vejo, embora saiba que está por aí e me pode apanhar, tão facilmente, como a qualquer outro mortal, fui sussurrando ao meu eu, que ía ser assim...
Rejeitei passar por lá...uma e outra vez como fazia sempre.
O certo é que até agora, a sensação de calma, de paz e de harmonia, estava dentro de mim; porque terá passado...
Apaixonda EU?!, não quero responder, e quando digo isto, não falo da resposta que te dava a ti, ao mundo, aos outros...não quero Eu, saber a resposta...
Se estiver, não é importante, afinal, tenho fugido aos sentimentos, a essas caminhadas até lá..
Se não estiver, não tem mal, a tempestade sempre passa, e logo me vou sentir enquadrada por ai...
No final de todas estas palavras o que importa, é que estou bem, os momentos felizes que me dão, confortam-me, não me são tudo, mas dão um pouco do que peço, então porquê mudar isso?!
Não serei melhor, nem pior, serei só algúem, que não quer saber se sente falta de se apiaxonar ou não, mas que eternamente vai gostar, como qualquer outro ego, que se apaixonem por ela...
Por enquanto a dúvida, essa vai continuar, e a resposta, essa só se vai saber quando o tempo trouxer a vontade de ir (outra vez), e trouxer de volta o sonho, aquele que lhe pede: "Passa Por Lá"!!
01
Abr06

Ser feliz

Carolina
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas nao esqueço que a minha vida e a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela va a falencia.
Ser feliz e reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e periodos de crise.
Ser feliz e deixar de ser vitima dos problemas e tornar-se autor da propria historia. E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oasis no recondito da alma.
E agradecer a Deus a cada manha pelo milagre da vida. Ser feliz é nao ter medo dos proprios sentimentos.
E saber falar de si mesmo. E ter coragem para ouvir um "não".
E ter segurança para receber uma critica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...". (Fernando Pessoa)

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